Comércio no Centro de Manaus ameaçado devido a cheia do rio Negro
Enchente do rio Negro levou a essa situação no comércio situado no entorno da feira Manaus Moderna, no Centro 15/05/2012 às 07:40
Os comerciantes da área da Manaus Moderna, Centro, e que têm a população do interior do Estado como principal cliente amargam queda nas vendas de até 70%. Para muitos deles, a inadimplência praticamente dobrou nos últimos dois meses. Sem encontrar alternativas de curto prazo para reverterem a situação, os atacadistas deixaram de fazer novas compras, cortaram despesas e empregos. De acordo com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), as vendas para o interior representam de 10% a 12% do volume comercializado pelo setor em Manaus.
A expectativa dos lojistas é que as vendas se normalizem a partir de setembro. Ontem, faltavam cinco centímetros para o rio Negro atingir a marca de 2009. Segundo a Defesa Civil, 45 dos 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência e a cheia já atingiu 71,3 mil famílias, sendo 10 mil em Manaus. Cerca de 130 toneladas de ajuda humanitária (alimentos, filtros microbiológicos, kit de higiene pessoal, medicamentos) já foram distribuídas, além de R$ 13,2 milhões através do cartão solidário (R$ 400 para cada uma das 33 mil famílias. O setor agropecuário contabiliza perdas de R$ 34 milhões, limitando o poder de compra dos consumidores do interior. Além disso, os comerciantes do entorno da Manaus Moderna sofrem com as águas do rio Negro que “invadem” ruas e lojas, deixam mau cheiro, dificultam a circulação de pessoas e veículos, diminuem os espaços para estacionamento, carga e descarga. “Ainda há a presença dos agentes de trânsito que em vez de orientar só sabem multar”, reclamou um comerciante que preferiu não se identificar.
Demissões
Na J.V Distribuidora, os consumidores do interior respondem por 90% das vendas. Nessa loja, a receita já caiu 70% e a inadimplência atingiu a taxa de 30%. A proprietária disse que já demitiu cinco funcionários. “Estamos tendo muitos prejuízos, inclusive com perda de produtos que estão vencendo”, disse Valda Maria de Sousa, proprietária da distribuidora. Com queda de 30% nas vendas e a taxa de inadimplência alcançando o mesmo patamar, a distribuidora Londrina, na rua dos Barés, já demitiu 10 funcionários. O interior responde por 80% das vendas. “Não temos alternativas para vender mais, até porque o governo não compra da gente as cestas básicas doadas para o interior. Então, o que fazemos é reduzir as compras e os gastos”, disse o proprietário da Distribuidora Londrina, Ari Ângelo Gubert.
De acordo com o proprietário da loja de utilidades domésticas Popular Abelha, Nilton Sacramento, as vendas caíram 60% e a inadimplência que era próxima de zero saltou para 10%. Como resultado, houve corte de gastos, deu férias para quatro funcionários e reduziu em duas horas o horário de funcionamento do comércio na rua Barão de São Domingos. Para o interior, ele está vendendo basicamente isopor, prego e breu. “Como a água está parada, estou gastando com cal, creolina e carboreto para diminuir o fedor e matar as larvas”.
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