Juventude e trabalho necessita de políticas públicas em Manaus
Os jovens aumentaram sua participação no mercado de trabalho, mas demandam políticas de qualificação, por exemplo 20/04/2012 às 13:43
As condições de ocupação dos jovens em Manaus melhoraram na última década, porém, em relação aos trabalhadores adultos, eles ainda mantêm uma fragilidade estrutural quanto à sua inserção produtiva e precisam de políticas públicas específicas. Essa é a conclusão a que chegou o estudo Juventude e Trabalho: Inserção produtiva dos jovens no mercado de trabalho de Manaus nos anos 2000.
Produzida pelo Observatório do Trabalho, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho em Emprego (Semtrad), a pesquisa utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com o estudo, em 2009, o Amazonas possuía 895 mil jovens (14 a 29 anos) na área urbana, representando 31,2% da população. Na População em Idade Ativa Jovem (PIA Jovem), 75,6% eram da cor parda, e 50,9% mulheres e 49,1% homens. Mas, apesar de elas serem maioria, quando se trata de ocupação e de mercado formal, elas são minoria.
Escolaridade
Como o mercado está mais exigente e a situação econômica mais favorável, houve aumento da escolaridade dos jovens (18 a 24 anos), entre os quais cresceu a participação daqueles que “apenas estudam” e que “estudam e trabalham”. Em 2001, 44,9% dos jovens de 14 a 29 anos tinham o ensino fundamental incompleto e em 2009 caiu 31,5%. Já nos níveis mais altos, observou-se aumento de escolaridade: médio completo (de 18,7% para 28,8%)e superior completo (0,8% para 2,9%).
A pesquisa mostra que a População Economicamente Ativa (PEA) Jovem urbana ocupada passou por redução (44,4% 37,7%), e que subiu o porcentual de desocupados (16% para 20%).
De acordo com a técnica do Observatório, Valéria Bolognini, nessa taxa de ocupação há dois movimentos: um de migração de jovens para áreas urbanas e o outro é que os períodos de crescimento econômico possibilitam a família manter o jovem na escola por mais tempo.
Dentre os jovens ocupados, houve predomínio do assalariamento, 2001 e 2009, com crescimento do porcentual de jovens com carteira assinada (saiu de 32,3% para 40%). Na posição inversa está a ocupação sem carteira assinada (28,3% para 27%) e por conta própria (16,1% para 12,6%).
Rendimento
A maioria dos jovens ocupados tem rendimento de até três salários mínimos. Em 2009, a participação deles aumentou de 87,1% para 91,8%) e dos que ganham até um salário saiu de 28,2% para 38,3%. Em contrapartida caiu para os salários maiores: de 3 a 5 salários mínimos (de 8,6% para 4,4%), de 3 a 10 (3,3% para 2,2%) e de mais de dez (1,1% para 0,6%). “Junto com uma política de salário mínimo, está havendo uma desvalorização do trabalho”, explicou Valéria.
Maioria na indústria
De 2000 a 2010, Manaus apresentou crescimento no número absoluto de jovens no mercado formal, mas diminuiu a participação entre o total de empregados. Saíram de 35,3% dos postos ocupados, em 2001, para 34,4%.
Em 2010, a maioria dos jovens trabalhava na indústria (31,1%), embora tenha caído a participação do jovem no setor, seguido dos serviços (30,8%) e comércio (22,9%). A construção civil teve expressiva alta, passando de 2,7% para 4,4%.
Das dez famílias ocupacionais que mais empregavam os jovens, em 2009, o ranking foi liderado por: “agentes, assistentes e auxiliares administrativos”, “operadores do comércio em lojas e mercados” e “montadores de equipamentos eletroeletrônicos”.
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