Manifestação

Justiça por Joca: morte de cachorro em avião mobiliza manifestação no Aeroporto de Manaus

Joca era um cachorro da raça Golden Retriever, de 5 anos, que morreu na última segunda-feira (22), depois de ter sido enviado para o destino errado pela companhia aérea Gol

Natasha Pinto
28/04/2024 às 11:13.
Atualizado em 28/04/2024 às 11:13

(Foto: Daniel Brandão)

A "cãonifestação" pedindo por Justiça por Joca aconteceu na manhã deste domingo (28), no saguão do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus. Joca era um cachorro da raça Golden Retriever, de 5 anos, que morreu na última segunda-feira (22), depois de ter sido enviado para o destino errado pela companhia aérea Gol.

De acordo com a organizadora da manifestação, Thaís Brito, o evento ocorreu em várias capitais do país, pedindo por melhorias no transporte de pets em viagens aéreas e que a morte de Joca, foi o estopim de vários casos de mau transporte de pets pelas empresas aéreas.

(Foto: Daniel Brandão)

 "Não é a primeira vez que acontece a morte de um animal em viagem aérea. Os nossos animais não são bagagens para ficaram oito horas dentro de uma caixa de transporte, sem assistência. As companhias aéreas precisam entender que eles são amores de alguém, são de assistência emocional, alguns melhores amigos outros são como filhos, e são seres vivos", disse.

No mês de combate aos maus-tratos de animais e repercussão negativa da morte de Joca, as companhias aéreas Gol Linhas Aéreas, Latam e Azul Linhas Aéreas informaram nesta quinta-feira (25), que irão estudar, em caráter emergencial, a possibilidade de rastrear os animais transportados no porão das aeronaves para voos, após reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

No encontro, comprometeram-se ainda em apresentar, em dez dias, propostas e sugestões para melhorar as condições do transporte aéreo de animais em voos domésticos e internacionais. Para Thaís, isso é o início de uma mudança na política de transporte de animais.

"Isso é um começo, na minha opinião, além do rastreamento, as companhias devem ter um cuidador maior e um veterinário a disposição para caso aconteça alguma coisa com o pet que está sendo transportado, enfim, precisamos buscar alternativas para melhorar ainda mais", finalizou.

 Um mesmo enredo, mas com final diferente

 Durante a cãonifestação, o funcionário público Raphaael Marques contou que há dez anos, viveu algo bem parecido que o tutor do Joca, com a sua cadela filhote da mesma raça. Ele estava indo para uma cidade e a pet acabou parando em outra cidade.

"Quando vi o que aconteceu com o Joca, logo pensei no que passei e que isso poderia ter acontecido comigo. Saímos de Brasília com destino a Salvador, eu cheguei na capital baiana, ela foi parar em São Paulo. Discuti com a empresa aérea, que queria que eu esperasse em Salvador e eu os obriguei a me embarcarem para Guarulhos, onde ela estava", contou.

Ao chegar no aeroporto paulista, Raphael encontrou sua filhote sem alimentação e com a caixa toda suja de dejetos. "Isso foi um contratempo que eu desejo que nenhum dono de pet passe. Temos que mudar essa realidade, nossos animais devem ir na poltrona, ao lado do dono, a caixa de transporte é traumatizante para os animais. As empresas e órgãos responsáveis precisam fazer um estudo, esse é o mínimo no momento", finalizou o funcionário público.

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