Situação da seca

Imagens de satélite mostram antes e depois dos rios Negro e Solimões na estiagem

As fotos mostram como a região secou e praias começaram a surgir na região

Arquipo Góes
online@acritica.com
08/10/2024 às 11:50.
Atualizado em 08/10/2024 às 12:30

Rio Negro foi fotografado no dia 8 de agosto e novamente em 2 de outubro, e é possível notar que onde antes havia uma grande quantidade de água, hoje há áreas cobertas por areia (Foto: Divulgação/ Programa Brasil MAIS)

A estiagem que atinge o estado do Amazonas foi registrada também por imagens de satélite em diferentes datas, ao longo de dois meses. Nas fotos, é possível ver um trecho dos rios Negro e Solimões e a diferença entre ambos durante esse período. Bancos de areia e praias surgem onde antes o rio fluía.

As imagens foram divulgadas pela SCCON na rede do programa Brasil MAIS, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O site exibe imagens diárias de alta resolução do Brasil, mostrando desde o avanço das queimadas até a situação da seca nos rios da Amazônia, com o contraste drástico provocado pela estiagem.

O Rio Negro, próximo ao Arquipélago de Anavilhanas, no município de Novo Airão (a 115 quilômetros a noroeste de Manaus), foi fotografado no dia 8 de agosto e novamente em 2 de outubro. É possível notar a grande diferença: onde antes havia uma grande quantidade de água, hoje há áreas cobertas por areia.

No município de Tabatinga (1.114 quilômetros de Manaus0, o cenário passou por uma transformação semelhante. A comparação mostra a enorme diferença que a vazante provocou na paisagem vista do espaço. O primeiro registro foi feito em 17 de julho, e o segundo, em 21 de setembro, quando bancos de areia apareceram nas margens do rio.

No Solimões, o primeiro registro foi feito em 17 de julho, e o segundo, em 21 de setembro, quando bancos de areia apareceram nas margens do rio.

Na manhã desta terça-feira (8), o Rio Negro atingiu 12,17 metros de profundidade, seu nível mais baixo em 122 anos de medições em Manaus (AM), segundo o Porto de Manaus. Desde quinta-feira (3), o nível recuou 29 cm, e ainda pode cair mais devido à falta de previsão de chuva para a região amazônica.

Na seca mais severa dos últimos tempos, registrada no ano passado, o nível chegou a 12,70 metros em 26 de outubro. Neste ano, os dados do Sistema Hidro do SGB (Serviço Geológico do Brasil) registraram o recorde negativo às 17h30 de quinta-feira (3), com 12,68 metros. No dia seguinte, o nível caiu para 12,59 metros.

Para se ter uma noção da gravidade da atual seca no Rio Negro, na região de Manaus, o nível mais alto já registrado no local foi de 30 metros, em junho de 2021. O rio percorre mais de 1.300 km do território brasileiro e é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o maior rio em vazão do mundo.

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