A professora da Ufam e ex-reitora da UEA disse ao A Crítica que a questão ambiental não deve ser vista apenas pelo viés da agenda climática, embora este seja fundamental para o retorno do protagonismo internacional do Brasil
Nomeada para o Grupo de Trabalho do Meio Ambiente, a professora da Ufam e ex-reitora da UEA, Marilene Corrêa, disse ao A Crítica que a questão ambiental não deve ser vista apenas pelo viés da agenda climática, embora este seja fundamental para o retorno do protagonismo internacional do Brasil.
"A problemática ambiental envolve desde o saneamento das cidades, o direito das populações à água e moradia decente, até a questão dos biomas, dos ecossistemas. Esse é o nosso posicionamento", disse Corrêa.
Outro ponto que pretende tratar no GT é a relação com os demais países que "dividem" a Amazônia com o Brasil. "Os países de fronteira que compartilham a natureza amazônica têmtido certa dificulade em dialogar com o Brasil nos últimos anos e esse é um poscionamento (de retomar o diálogo) que vamos defender e que, de alguma forma nos autorizamos pelo rato de termos no nosso Estado das tríplices fronteiras", acrescentou.
Por último, a professora que dedicou 30 anos para a pesquisa da região pretende enfatizar que o Amazonas possui singularidades e especificidades que precisam ser observadas nas aplicações das políticas ambientais.
"As políticas nacionais não se concretizam no papel. Elas se nacionalizam nas práticas de suas relações de aplicabilidade na região e como vimos na saúde, na educação, no desenvolvimento das cidades e das forças produtivas, têm havido problemas recorrentes de exceção dessas política públicas. Portanto, a análise da região nos dá fundamentos para levantar e propor novos objetivos estratégicos a uma política nacional nesse novo Governo Lula", conclui.