Em caso de agravamento do surto de Covid-19, Estado pode realizar a contratação temporária de profissionais da saúde para suprir as demandas da rede pública
(Foto: Adriano Machado/Reuters)
Um decreto assinado nesta segunda-feira (16), pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, suspende por 60 dias as férias dos servidores estaduais da Saúde. A medida faz parte de um pacote de ações do Estado na prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus e foi anunciada após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Amazonas.
Na ocasião, o governador, ao lado do secretário de saúde, Rodrigo Tobias, acrescentou que o Estado pode realizar a contratação temporária de profissionais da saúde para suprir as demandas da rede pública em caso de agravamento da epidemia de Covid-19.
Perguntado sobre a falta de máscaras cirúrgicas em hospitais, Rodrigo Tobias ressaltou que o Amazonas tem estoque para até 40 dias e detalhou que o Estado recebeu nesta segunda-feira (16) 90 mil unidades do equipamento e que espera receber mais uma remessa até sexta-feira (20).
Sobre a estrutura da rede pública de saúde, o secretário disse que em termo de rede estadual, a quantidade de leitos disponíveis atende a necessidade para o momento e, se for preciso, o plano de contingência prevê ampliação de leitos.
Dos 550 leitos de UTIs no Estado, 383 são da rede estadual, dos quais 50 estão no Hospital Delphina Aziz. Mas, conforme o secretário, há a possibilidade de ampliação, tanto dos leitos de terapia intensiva quanto semi-intensiva no Delphina Aziz, se houver necessidade.
A unidade foi definida como hospital de referência para casos graves de Covid-19 que precisem de internação.
A ideia, segundo Tobias, é que se houver explosão de casos graves, os pacientes hoje internados no Delphina Aziz serão transferidos para outras unidades, inclusive da rede privada, deixando o hospital exclusivo para os casos graves de Covid-19.
“Hoje, nós podemos afirmar que a estrutura de saúde do Estado do Amazonas está preparada para acomodar os casos confirmados de coronavírus. O nosso Plano de Contingência nos ampara a fazer essas modificações e fazer a expansão do número de leitos no Estado a qualquer momento e conforme a necessidade”, destacou.