'Criaram pânico', diz Bolsonaro sobre recorde de mortes por Covid-19 no Brasil
País registrou 1.910 óbitos por Covid-19 nesta quinta-feira (3). Na terça-feira (2), o país havia registrado o primeiro recorde desde o início da pandemia

Ao comentar o recorde de mortes de terça-feira, com 1.910 óbitos por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro reiterou pela manhã suas críticas às medidas de distanciamento social, devido ao seu impacto na economia.
"Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, (do) fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?", questionou o presidente aos seus partidários em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
Em termos relativos, o Brasil registra uma média de 123 óbitos por 100.000 habitantes, número inferior ao de países como Reino Unido (182/100.000), Bélgica (191/100.000) ou Estados Unidos (156/100.000).
Mas vários estados brasileiros apresentam números que dão a real dimensão da tragédia que o país vive: no Rio de Janeiro, com 33.352 mortes, a média é de 193 mortes/100 mil habitantes, enquanto no Amazonas a média é de 268 óbitos/100 mil habitantes.
Além disso, a região sul, a menos afetada até agora em termos relativos, está experimentando um novo aumento nos casos e mortes. Em Florianópolis a ocupação dos leitos nas UTI é de 98% e em Porto Alegre a taxa de ocupação chega a 80%