País registrou na terça-feira 4.470 mortos e mais de 235.000 novos contágios. Até agora, a primeira economia mundial não havia superado os 4.000 mortos por coronavírus em 24 horas.
((Foto: AFP))
Quase três mortes por minuto e cerca de 4.500 mortos por covid-19 em um dia. Os Estados Unidos continuam registrando tristes recordes em pleno surto da pandemia em todo o mundo.
Os Estados Unidos, o país mais enlutado pela pandemia, registrou na terça-feira 4.470 mortos e mais de 235.000 novos contágios. Até agora, a primeira economia mundial não havia superado os 4.000 mortos por coronavírus em 24 horas.
Este número diário chocante é quase o mesmo que o balanço total de mortos pela pandemia na China (4.634), onde a doença foi identificada pela primeira vez no final de 2019. No total, Estados Unidos registra mais de 380.000 mortos e 22,8 milhões de casos.
"É, sem dúvida, o período mais sombrio de toda minha carreira", admite Kari McGuire, responsável da unidade de cuidados paliativos do hospital Santa Maria de Apple Valley, uma pequena cidade da Califórnia.
- Números "astronômicos" -
Neste hospital, totalmente saturado, os pacientes com covid-19 se amontoam nos corredores, em macas improvisadas na unidade de terapia intensiva (UTI) e até mesmo nos serviços de pediatria. Segundo McGuire, o número de mortos é "astronômico".
Para tentar frear os contágios, as autoridades federais anunciaram que, a partir de 26 de janeiro, será exigido um teste negativo a todos os viajantes que chegarem ao país de avião.
O aumento da doença é notado em todo o país, mas afeta especialmente o sul e o oeste.
O vírus também não dá trégua no vizinho México, que na terça-feira alcançou um novo recorde diário de casos e óbitos, com 1.314 mortes e 14.395 casos confirmados. No total, o país de 129 milhões de habitantes conta 1,5 milhão de casos e 135.682 mortos desde o início da pandemia.
Panamá, a nação da América Central que registrou mais contágios, com mais de 285.000 casos acumulados e mais de 4.500 mortos, planeja alugar contêineres refrigerados para armazenar os corpos devido ao colapso dos necrotérios e hospitais pela pandemia, no que considera sua "pior crise sanitária em 100 anos".