Apreensão aumenta na França e locais muçulmanos sofrem ataque depois de atentado em Paris
Dois locais de manifestação da fé muçulmana e um restaurante foram atacados em diferentes regiões da França. Uma policial foi morta e polícia montou mega operação para capturar suspeitos; um já se entregou 08/01/2015 às 12:20
A perplexidade e a incredulidade das primeiras horas que se seguiram ao atentado contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, ontem, no qual 12 pessoas foram mortas e 11 ficaram feridas., foi substituída pelo clima de apreensão e medo depois das ocorrências das últimas horas ainda não esclarecidas na capital e regiões da França. A suspeita é que o atentado tenha sido promovido por grupos terroristas muçulmanos.
Locais de manifestação de fé muçulmana em três cidades francesas foram atacados, sem vítimas, desde ontem. Em Mans, região Oeste, três granadas foram lançadas e pelo menos um disparo foi feito contra uma mesquita em um bairro popular pouco depois da meia-noite. Em Port-La-Nouvelle, no Sul, houve disparos contra uma sala de oração muçulmana durante a noite, cerca de uma hora depois do fim da oração.
Na madrugada desta quinta (8), ocorreu uma explosão de origem criminosa em frente a um restaurante de kebab (especialidade árabe) perto de uma mesquita em Villefranche-sur-Saône, Centro-Leste da França. “Obviamente é alguém que quis se vingar”, declarou o procurador em Narbonne, David Charmatz, após ser perguntado sobre uma possível ligação das ações com o atentado de ontem contra o jornal Charlie.
Policial morta
Nesta quinta-feira (8), uma policial foi morta por um atirador que disparou a esmo em Montrouge, periferia sul da capital francesa, e outro ferido, um funcionário municipal, está em estado grave. O tiroteio ocorreu após um acidente de carro e o atirador fugiu. Não há confirmação se o caso tem ligação ao atentado à Charlie Hebdo.
Mega operação
A polícia local montou uma operação de guerra para capturar os três suspeitos de terem atacado a redação do semanário Charlie Hebdo. Um deles, Hamyd Mourad, 18 anos, o mais jovem, se entregou à polícia ontem mesmo (7). Os outros dois, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 anos e 34 anos, respectivamente, de nacionalidade francesa e tidos como jihadistas pelos serviços secretos, estão foragidos.
Atentado
No atentado à redação da revista, três homens encapuzados, vestidos de preto e armados conseguiram matar dez jornalistas e cartunistas e dois policiais e deixarem 11 feridos, quatro deles em estado grave. Os autores gritaram Allah Akbar (Alá é Grande) e “afirmaram pretender vingar o profeta” Maomé. A publicação é conhecida por publicar charges de Maomé, símbolo da religião muçulmana.
Entre as vítimas do ataque estão os cartunistas Stéphane “Charb” Charbonnier, 47, diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76, Georges Wolinksi, 80, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58. O semanário tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar cartuns de Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polêmica em vários países muçulmanos.
Contra-ataque
O governo francês elevou ao máximo o nível de alerta do plano interministerial contra o terrorismo: o VigiPirata, um sistema permanente de vigilância, prevenção e proteção, que se aplica na França e no exterior, com efeitos sobre transportes, saúde, alimentação, redes de energia e segurança dos sistemas de informação. Cerca de 3 mil policiais buscam os dois foragidos, os irmãos Chérif Kouachi e Saïd Kouachi.
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