Brasil assume compromissos para reduzir mortes no trânsito
Ministro da Saúde disse que disse que o País vai estabelecer parcerias internacionais, nas universidades, setor privado, entre outros órgãos e deve priorizar a segurança de pedestres, ciclistas e motociclistas

Nesta quinta-feira (19), o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, encerrou a 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados com a leitura da Declaração de Brasília, ocasião em que firmou compromisso com os mais de 130 países em reduzir 5 milhões de vítimas em acidente de trânsito em todo o planeta até 2020 apresentando 30 ações recomendadas para fortalecer o gerenciamento de segurança no trânsito e aprimorar a legislação e a fiscalização. O evento aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília.
Durante o pronunciamento, ele afirmou que o País vai estabelecer parcerias internacionais, nas universidades, setor privado, entre outros órgãos e deve priorizar a segurança de pedestres, ciclistas e motociclistas. “Hoje, todos levam importante deveres de casa para seus países. A redução das mortes e lesões não podem continuar. É necessária a ação eficaz de cooperação conjunta para que o resultado apareça”, destacou.
Dentre os compromissos assumidos estão identificar outros fatores de risco que levem à distração ou a diminuição da capacidade do condutor tais como: fadiga, uso de drogas narcóticas, psicotrópicas e substâncias psicoativas.
São cinco as ações para a promoção de vias mais seguras e uso de transporte sustentável, como promover o transporte ambientalmente sustentável; implantar e cumprir medidas para proteger e promover a segurança de pedestres e a mobilidade de ciclistas, tais como calçadas, ciclovias e/ou ciclofaixas, iluminação adequada, radares com câmeras, etc.
A diretora da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Clarissa Etiene, explicou que a declaração representa mais um desenvolvimento em segurança no trânsito e lembrou o que foi dito, ontem (quarta-feira), pela representante da ONU para Segurança no Trânsito, a sul-africana Zoleka Mandela, que perdeu uma filha num acidente de trânsito. “Temos que reconhecer o que foi dito pela Mandela. Ela se lembra de todos os dias da filha que não está mais com ela. Não podemos deixar que esta conferência deixe a causa vazia. Não podemos tolerar o uso dos celulares enquanto as pessoas dirigem”, frisou.
Durante toda esta quinta-feira, várias sessões paralelas discutiram assuntos referentes ao trânsito com especialistas, ministros, chefes de delegações e secretários de vários segmentos, além de representantes da Opas, da ONU e do Ministério da Saúde.
Participaram da conferência todos os países membros das Organizações das Nações Unidas (ONU) que reafirmaram, quanto à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, reduzir pela metade as mortes por acidentes no trânsito até 2020.
*Repórter viajou a convite do Ministério da Saúde