Construção civil-AM pode parar caso não ocorra consenso na data-base da categoria
Pelo menos 35 canteiros de obras de empresas já estão mapeadas pelos trabalhadores para entrar em greve, caso não haja bom retorno nas negociações que acontecem até o final deste mês.

O sindicato da Construção Civil e Montagem do Amazonas ( Sintracomec) está na terceira rodada de negociações das reivindicações em torno da data-base da categoria, no dia 1º de julho. A reunião é na sede do sindicato da Indústria da Construção Civil ( Sinduscon) , na avenida Djalma Batista, na sede do Manaus Plaza.
Nesta quarta-feira (20) e amanhã (quinta-feira), acontece mais uma rodada de negociações.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Roberto Bernardes de Andrade, caso não ocorra nenhuma retorno satisfatório para a categoria, a qualquer momento 35 canteiros de obras suspenderão os serviços.”Temos hoje e amanhã (quinta-feira 21) para negociar, depois vamos reunir para tomar uma decisão”, alerta Roberto Andrade.
Os empregados reivindicam, aumento salarial de 13% , já com o ganho real; aumento da cesta básica para R$ 100 (hoje é de R$ 70,00); Participação nos Lucros ( PL), que algumas empresas estão concedendo ; plano de saúde e transporte. “O plano de saúde é concedido mas para os administradores”, esclarece , Andrade.
Transporte para todos
A novidade das reivindicações deste ano, segundo o sindicalista, é a exigência de transporte para os trabalhadores que atualmente sentem dificuldade em chegar cedo nos canteiros. “Quando chegam atrasados são punidos com a perda da cesta básica”, explica o presidente, ao destacar que atualmente, com a discussão em torno da mobilidade urbana, quase todos os trabalhadores estão passando por essa dificuldade, em especial os da construção civil. “ Acho que com o transporte próprio, as empresas só tendem a ganhar, pois diminui os índices de atrasos em todos os segmentos do trabalho”, observa.