Descartado desmembramento do julgamento dos réus do Mensalão
Dos 11 ministros do STF 9 votaram a favor do julgamento de todos os réus pelo STF, rejeitando assim os argumento do advogado Márcio Thomaz Bastos que queria que STF julgasse apenas os réus que ocupam cargos parlamentares.

Após longos debates, nove ministro decidiram que todos 38 réus do caso Mensalão vão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pondo a baixo a proposta do advogado de defesa Márcio Thomas Bastos que propos o desmembramento do julgamento, ou seja, o STF apenas julgaria os réus que ocupam cargos parlamentares: João Paulo Cunha (PT), Valdemar Costa Nego (PR) e Pedro Henry (PP), deixando o restante para serem julgados em tribunais de origem.
Votaram contra o desmembramento pedido por Bastos: Joaquim Barbosa Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Carmem Lúcia, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ayres Britto.
Votaram a favor do desmembramento o revisor Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio.
As discussões sobre o desmembramento do processo foi o ponto alto do plenário do STF, neste primeiro dia de julgamento, com bate-boca entre os ministros Joaquim Barbosa, o relator do caso e o revisor Ricardo Lewandowski .
Houve um intevalo de 30 minutos no julgamento. No retorno Joaquim Barbosa leu um resumo de seu relatório.
A acusação, que seria feita ainda nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai ficar para sexta-feira (03).
Julgamento histórico
O "Caso Mensalão" como ficou conhecido o escândalo que consistia em oferecer R$ 30 mil para deputados aliados votarem a favor dos projeto do Governo Federal é histórico pelo volume de páginas e pelo tempo que deve levar o julgamento. O STF ficará concentrado no caso por quase todo o mês de agosto, de acordo com calendário divulgado à imprensa.
O escândalo veio à tona por meio da denúncia feita pelo então deputado federal Roberto Jefrerson (PTB-RJ) ao jornal " Folha de São Paulo", publicada em 6 de junho de 2005, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva.
Com inofrmações do UOL