Renda fixa ou variável, fundos ou Tesouro Direto? Saiba onde investir em 2018
Especialistas orientam que o momento é de ficar atento ao noticiário. Impacto político e novo presidente podem afetar o cenário econômico
O ano 2018 será intenso na política e na economia. Isso terá um grande impacto para quem fez promessa no ano novo de investir dinheiro esse ano. O A Crítica conversou com especialistas que orientam que o momento é de ficar atento ao noticiário, pois fará toda a diferença na hora de escolher os melhores e mais rentáveis investimentos.
“Os impactos da política acontecerão a partir de junho deste ano. E não é o nome do presidenciável que vai afetar a economia e sim se ele vai dar continuidade ao ajuste fiscal ou não”, explica o economista Fábio Calderaro.
Bolsa de valores
Segundo o especialista em finanças, o cenário lá fora é benigno para os países emergentes e isso afeta o Brasil. “Hoje o cenário é de otimismo. Temos injeção do dinheiro na economia, baixa inflação, juros baixos, e por isso os investidores lá de fora, ao observarem que os juros estão baixos, eles investem em bolsa de valores, em ativos de maior risco em seus países ou começam a procurar prêmios de riscos maiores em países emergentes”, ressalta o economista.
Fábio explica que a bolsa será favorável para 2018, pois as empresas provavelmente terão mais lucros em 2018. “O endividamento das empresas tende a diminuir, os preços do alugueis estão caindo e o custo nominal da mão de obra também está caindo e isso aumenta a rentabilidade e o lucro das empresas e por isso aumenta os investimentos das bolsas”, explica.
Fundo multimercado
Fábio explica que se um investidor quer sair dos instrumentos de renda fixa e subir um grau de risco maior ele pode investir nos fundos multimercado. “Na composição o gestor da carteira dele tem uma flexibilidade maior e daí pode colocar nessa carteira tanto renda fixa como renda variável, câmbio e ativos no exterior”.
Tesouro Direto
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a taxa Selic alcançou o patamar de 7%, o menor desde 1986. Dessa forma Silvio Paixão, professor de Análise de Cenários Econômicos e Macroeconomia da Faculdade FIPECAFI, explica que pode ser uma boa apostar em títulos indexados à inflação, o IPCA+, que protege o dinheiro da inflação e ainda oferece uma rentabilidade real.
“Se a investidora tiver perfil conservador, pode deixar tudo nele. Mas, se ela quiser diversificar mais, pode aplicar um terço de seu dinheiro no IPCA+, um terço em títulos pré-fixados e um terço indexado à remuneração cambial. Via de regra, quando você considera a rentabilidade e subtrai as despesas associadas, eles são os mais econômicos”, aconselha.
“Em 2017, nós tivemos a recuperação cíclica da economia, depois da mais longa e intensa crise da nossa história. Isso ocasionou um aumento nas vendas do varejo, uma melhora na produção industrial, perdemos o risco na balança de pagamento, não tivemos mais pressão sobre o dólar e tivemos inclusive um recorde no saldo da balança comercial com cerca 70 bilhões de dólares e com isso fechamos o ano com crescimento de 1%. É provável que continuemos com nossa expansão cíclica de 2,5% a 3%, mas existem ameaças que podem conter esse crescimento”, explica o economista Fábio Calderaro.
Lista:
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