Drones já são utilizados em atividades do mercado comercial no Estado do Amazonas
No Amazonas já existem empresas especializadas em locação de drones que oferecem aplicações multimídias que facilitam a atividade comercial de empresas e até mesmo auxiliam em soluções para o poder público

Eles estão por toda parte. Inicialmente idealizados para fins militares, os “robôs voadores não-tribulados” com câmeras acopladas entraram no mercado em 2010 e hoje são a representação do futuro da área tecnológica.
No Amazonas já existem empresas especializadas em locação de drones que oferecem aplicações multimídias que facilitam a atividade comercial de empresas e até mesmo auxiliam em soluções para o poder público.
Aqui os drones são utilizados em diversas finalidades. Do mercado publicitário para a produção de documentários e comerciais, para registro de eventos, na gravação de videoclipes, na tomada de imagens jornalísticas, para mapeamento geológico e até auxiliando a ciência.
Empresas de construção civil estão recorrendo aos drones para medição de terrenos. Uma petroleira internacional pretende prospectar petróleo na região do rio Purus e contratou o serviço de drones para registrar as imagens aéreas do local.
Recentemente a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) recorreu a três equipamento para ajudar no mapeamento de imóveis que podem ter focos do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, chikungunya e vírus Zika. Os três drones estão integrados à equipe de fiscalização da Semsa ao fazer sobrevoos sobre áreas endêmicas.
Até o Instituto de Pesquisas da Amazônia usou a tecnologia em pesquisas envolvendo estudos climáticos na região. Em 2014, o estudante de doutorado Carlos Ceres recorreu ao drone Md4-1000 para obter dados e estimar o nível de carbono da Floresta Amazônica.
Pioneira no mercado amazonense, a empresa Vision Fly já realizou trabalhos para a TV A Crítica como a transmissão do Festival Folclórico de Parintins em 2015. “Hoje já fiz trabalhos com o pessoal do Discovery Chanel, do National Geographic, do Inpa, com pessoal da TV e agora estou indo para uma missão em uma base de petróleo e gás no rio Purus”, contou Emerson Cardoso, diretor da Vision Fly, que juntou a paixão de uma década pelo aeromodelismo com a formação em publicidade para lançar a empresa no mercado há dois anos. “Hoje conseguimos atender todo tipo de mercado, desde a indústria até agências de publicidade”, contou.
Produção geral
A Laxunga Produções estreou oficialmente este mês incorporando os drones ao seu portfólio de serviços, especializada em trabalhos jornalísticos, publicitários, de cinema e produções musicais. Fernando Crispim, à frente do projeto, conta que possui registro dos principais pontos turísticos de Manaus e das imagens de natureza da região amazônica, como seca dos rios e o do Arquipélago de Anavilhanas.
Atualmente existem vários modelos de drones com câmeras que registram imagens em alta definição para gravações de qualidade, câmeras térmicas para focos de incêndio e até câmeras com raio x para fazer topografia de ambientes e ecossistemas.
Robôs na Amazônia
A partir deste ano, os drones vão auxiliar o serviço florestal brasileiro no monitoramento da exploração sustentável de madeira. Os drones, que são veículos aéreos não tripulados, custam em média R$ 90 mil, incluindo computadores e demais acessórios. A princípio serão adquiridos três equipamentos, que vão tirar fotos tridimensionais das pilhas de madeira no Norte do País.
Levando em conta a tecnologia para melhorar o monitoramento da Amazônia, este mês o Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) discutirá uso de sistemas computacionais robóticos voltados para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável da floresta. O evento nominado Escola Avançada de Sistemas Computacionais e Robóticos (Earth), ocorre entre 25 a 29 de janeiro no Novotel e nos laboratórios do IComp, com palestras e minicursos abertos à comunidade, e nos dias 30 e 31 na reserva florestal de Mamirauá.
Os drones alcançam voos de até um quilômetro do solo, no entanto não podem sobrevoar grandes aglomerações de pessoas e áreas com antenas de telecomunicações, sob o risco de perder o sinal e cair.
O aparelho é controlado por uma pessoa em solo que monitora a imagem através de um aplicativo no smartphone que mostra o campo de visão da câmera do drone.
Os aparelhos são todos importados e fabricados principalmente no Japão.
Destaque
As novas regras da Aeronáutica sobre uso de drones já estão em vigor. Está proibido o voo sobre áreas povoadas e aglomerados de pessoas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda vai regulamentar, até a Olimpíada, quem estará apto a operar e como será feito registro.
Entregas
Algumas empresas já usam drones de alta capacidade para a entrega de produtos. Uma rede de padarias em SP testou a novidade.
Fiscalização
Os órgãos fiscalizadores já estão lançando mão dos drones para fiscalizar áreas de desmatamento.
Trânsito
Outro potencial para os drones é vigiar o trânsito e captar possíveis infrações.
Combate ao crime
A Polícia Federal já usou para localizar facções criminosas.