Empresa envolvida em acidente com Boechat não podia fazer táxi aéreo, diz Anac
A Anac abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente

A empresa responsável pelo helicóptero que caiu nesta segunda-feira (11) no acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, 66, não estava autorizada a fazer o serviço de táxi aéreo. A informação, atribuída à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi publicada pela Folha de São Paulo nesta tarde.
Impossibilitada de trabalhar com o táxi aéreo, a RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA, dona do helicóptero de matrícula PT-HPG, não poderia transportar passageiros. Segundo a Folha, a empresa estava certificada para prestar Serviços Aéreos Especializados (SAE), que incluem aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem.
“Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a Anac abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente”, afirmou a Anac, em nota, segundo o jornal paulista.
Acidente
Ricardo Boechat, que trabalhava na TV Bandeirantes e na rádio Band News FM, morreu em uma queda de helicóptero na manhã de hoje. O acidente ocorreu por volta das 12h, horário de Brasília. Na queda, o helicóptero bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Boechat e o piloto, que não teve o nome divulgado, morreram carbonizados. Ele estava retornando de Campinas, no interior paulista, onde deu uma palestra, para a capital.
Boechat era um dos principais nomes do jornalismo brasileiro. Ele já passou pelos principais jornais do País, como O Estado de São Paulo, O Globo e Jornal do Brasil, além de ter trabalhado na TV Globo. Atualmente, apresentava o Jornal da Band.