Toxicidade dos rejeitos da mina de minério de ferro envolvida na tragédia também deve ser foco de investigação imparcial, pediram membros das Nações Unidas
(Foto: Agência Brasil)
Especialistas em direitos humanos da ONU pediram nesta quarta-feira (30) uma investigação imparcial sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) e sobre a toxicidade dos rejeitos da mina de minério de ferro envolvida na tragédia, que deixou dezenas de mortos e quase 300 desaparecidos.
Em comunicado, o especialista da ONU em descarte de substâncias perigosas, Baskut Tuncat, pediu ao governo brasileiro que priorize as avaliações de segurança das barragens e não autorize novas barragens de rejeitos até que a segurança seja garantida.
“Incitamos o governo a agir decisivamente em seu compromisso de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar mais tragédias desse tipo e levar à Justiça os responsáveis pelo desastre”, disseram relatores especiais da ONU, segundo comunicado.
A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, prometeu reduzir a produção por segurança para evitar outro rompimento de uma barragem de rejeitos depois do colapso da estrutura Brumadinho ocorrido na sexta-feira. A mineradora aprovou, ainda, investimentos de 5 bilhões de reais para acabar com as barragens a montante, o mesmo sistema utilizado na estrutura que se rompeu em Brumadinho.