Flor Matizada abre o 17º Festival de Cirandas de Manacapuru

Com “Um canto da África no coração da Amazônia”, a ciranda Flor Matizada deu o ponta-pé inicial à 17ª edição do Festival de Cirandas de Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus). A festa que é considerada a segunda maior comemoração folclórica do Amazonas começou na noite de ontem e vai até o domingo (1), com as apresentações das cirandas Guerreiros Mura e Tradicional, respectivamente.

A lilás e branco emocionou o público que compareceu ao complexo do Parque do Ingá, localizando no Centro da cidade, levando um espetáculo formado por grandes alegorias e um cordão de cirandeiros, que misturou passos de ciranda e capoeira.

As cirandadas (músicas) levaram mensagens sobre a importância da miscigenação entre índios, brancos e negros no País e em especial no Estado, para “gritar o que fora silenciado, de expor uma invisibilidade histórica: a presença de negros na Amazônia, um 'canto' de variados sentidos e expressões”.

No auge da apresentação, que durou um pouco mais de duas horas, a Matizada mostrou figuras como o pássaro carão, habitual na composição da ciranda. Uma grande alegoria representado a ave foi a responsável pela chegada, em grande estilo, da porta cores Fernanda Sabóia, seguida pelo cordão principal de cirandeiros, que mostraram sincronia no bailado.

Personagens da cultura africana como Iemanjá e diversos orixás foram apresentados e cantados na noite decisiva para a agremiação lilás e branca. A figura gigante de um negro em forma de alegoria também foi destaque entre malocas da Amazônia que cercaram as dezenas de cirandeiros. O artesanato africano em confluência com a cultura amazônica foi mostrado em um "mosaico de cores".

Assista aos melhores momentos da apresentação da Flor Matizada e veja a galeria de imagens!