Mendes chamou atuação de Sérgio Moro contra Lula de um dos maiores escândalos jurídicos do País; Nunes Marques pediu mais tempo para analisar o processo e poder votar
(Foto: STF)
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Nunes Marques pediu 'vistas' do processo que analisa uma eventual suspeição do então juiz federal Sérgio Moro nos processos que condenaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato.
Nunes Marques iniciaria a leitura do seu voto com o placar de 2 a 1 contra a suspeição de Moro: Edson Fachin e Carmem Lúcia votaram a favor de Sérgio Moro em dezembro de 2018 e Gilmar Mendes, nesta tarde, votou contra o ex-juiz, que largou a magistratura para virar ministro do presidente Jair Bolsonaro.
Em seu extenso voto, Mendes chamou a atuação de Moro de maior escândalo jurídico da história do País. Para o ministro, Moro abandonou a isenção necessária para para atuar, de maneira política, na retirada de Lula da corrida eleitoral em 2018, levando-a a uma condenação que resultou em prisão.
Após o voto de Gilmar, seria a vez de Kássio Nunes Marques votar. Ele, por sua vez, pediu vista, ou seja, optou por não votar naquele momento para melhor analisar o processo. Marques tomou posse como ministro do STF em novembro de 2020, indicado por Jair Bolsonaro.
No total, a votação, que acontece na 2ª Turma do STF, terá cinco votos. Após o pedido de vista de Nunes Marques, Ricardo Lewandovski iniciou a leitura de seu voto. Caso Fachin ou Carmem Lúcia não mudem de posição, o voto do indicado por Jair Bolsonaro será decisivo.