Manaus Ambiental tem um mês para iniciar Proama
Interligação do reservatório do bairro Amazonino Mendes está sendo realizada e deve beneficiar mais de 100 mil casas

A um mês do prazo dado pelo governo e prefeitura para a Manaus Ambiental iniciar o fornecimento de água para os bairros da Zona Norte, a empresa anuncia estar fazendo a interligação do Programa de Águas para Manaus (Proama) para o bairro Amazonino Mendes (Mutirão), Zona Norte, o primeiro a ser beneficiado com o serviço.
Com isso, segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, os prazos estão mantidos e pelo menos 100 mil pessoas serão beneficiadas inicialmente pelo Proama. A aposentada Enelza Franco Silva, 60, não vê a hora de acontecer o que ela chamou de “milagre” prometido. “Ter água em casa é um sonho”, disse ela, moradora do Amazonino Mendes.
O programa vai atender o bairro Amazonino Mendes e os próximos como Novo Aleixo, Núcleos 16 e 23, Vila Rica, Parque das Garças, Águas Claras e Nossa Senhora de Fátima. A água tratada será distribuída para os cinco reservatórios macros que vão interligar-se ao sistema de distribuição da concessionária. Um desses reservatórios está no Amazonino Mendes e os demais nos bairros Tancredo Neves, Nova Floresta e Jorge Teixeira, na Zona Leste.
Ligações
De acordo com dados do Governo do Estado, o programa terá mais de 60 mil ligações e um total de 500 mil pessoas beneficiadas nas Zonas Norte e Leste da cidade. Após essa primeira etapa, até março do ano que vem, outros 500 mil habitantes não têm abastecimento de água o terão 24h por dia.
Pelas regras do modelo de gestão do Proama, será do gestor municipal e estadual, 60% do lucro do programa serão revertidos para o estado, 30% para empresa operadora, responsável por fornecer água tratada no atacado à Manaus Ambiental, que pagará pelo serviço. Já os 10% do lucro restante serão direcionados à Prefeitura de Manaus para investir em obras voltadas ao saneamento.
Outra regra acertada é que a Manaus Ambiental terá que fazer 40 mil novas ligações de forma gratuita. O compromisso foi acertado pela empresa operadora do Proama. A Prefeitura utilizará o cadastro do Bolsa Família como critério de inclusão dos beneficiários na tarifa social, que isenta a população carente do pagamento de 15m³ de água por mês.
Custos
A obra do Proama já vem se arrastando há cinco anos e já custou aos cofres públicos R$ 232,7 milhões, a título de empréstimo tomado pelo então governador Eduardo Braga (PMDB) e já ter passado por duas administrações municipais: Serafim Corrêa (PSB), de 2005 a 2008, e Amazonino Mendes (PDT), 2009 a 2012. A discussão envolve ainda o Ministério Público do Estado (MPE-AM), o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal.