Manaus receberá em 2020 simpósio sobre soberania da Amazônia
Escolha da cidade sede do 2º Simpósio de Direito Amazônico ocorreu hoje, no evento inaugural em Belém, onde participantes também elaboraram a Carta da Amazônia, que será divulgada e enviadas às autoridades brasileiras

O 2º Simpósio de Direito Amazônico será realizado em Manaus, em abril de 2020. O local do evento foi definido hoje, durante a primeira edição do evento, em Belém/Pará. O tema central foi "A Amazônia e a cobiça internacional".
Realizado no auditório Albano Franco, da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), o 1º Simpósio de Direito Amazônico é uma promoção conjunta da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas (ACLJA), Instituto Sílvio Meira (ISM), Academia Paraense de Letras Jurídicas (APLJ) e Instituto dos Advogados Paraenses (IAP).
A ideia do evento, que reúne juristas do Amazonas e do Pará, surgiu de uma conversa entre o vice-presidente da ACLJA Júlio Antonio Lopes e o presidente do Instituto Sílvio Meira (ISM) André Malcher Meira durante o Encontro do Colégio de Academias Jurídicas do Brasil, ocorrido em João Pessoa em setembro deste ano.
"Chegou a hora de mobilizar as forças políticas, sociais e econômicas da região para promover a sua defesa permanente, e, nada melhor, do que começar com um fórum jurídico, que esclareça e fixe as bases, à luz do direito, da soberania brasileira sobre a região, que não pode, não deve e não será relativizada", disse Júlio Lopes.
André Meira, por sua vez, cuja entidade anfitrionou o 1º Simpósio, afirmou: "Trata-se de um conclave de suma importância para o debate salutar sobre os problemas relativos à internacionalização da Amazônia, bem como da sua exploração indevida, ilícita, desordenada e desumana".
As conclusões do evento foram consolidadas na Carta da Amazônia, que será divulgada e enviadas às autoridades brasileiras, para que elas se subsidie ações concretas na defesa do patrimônio brasileiro.
Troca de homenagens
O encontro foi aberto, pela parte da manhã, pelos juristas Bernardo Cabral, Relator da CF 88 e Adherbal Meira, cada um deles representando, respectivamente, os seus estados de origem. A delegação do Amazonas, além de Bernardo, contou com os juristas Júlio Antonio Lopes, Pedro Lucas Lindoso e Gerfran Carneiro Moreira, os dois primeiros advogados e membros do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e, o terceiro, juiz titular do Trabalho do TRT da 11a Região. Todos eles, também, integram a Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas. Júlio Lopes, na ocasião, recebeu o título de sócio honorário do ISM e, por outro lado, o doutor André Meira, recebeu igual distinção da ACLJA.