Partidos, movimentos sociais e centrais sindicais fazem ato em contraponto ao 'Fora Dilma'
Protesto está pautado na reforma política, na defesa da democracia e da Petrobras, e na necessidade punição para os culpados da Operação Lava-Jato

Na tarde desta sexta-feira (13), na praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia) no Centro, movimentos sociais e centrais sindicais fazem um ato para marcar posição sobre a reforma política, defender a democracia, defender a Petrobras e pedir punição para os culpados da Operação Lava-Jato.
O ato é um contraponto ao movimento do próximo domingo (15), quando haverá um protesto pelo Impeachment da presidente Dilma Rousseff, também no Centro de Manaus. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de três mil pessoas.
O vice-presidente da União Nacional dos Estudantes no Amazonas (UNE), Yan Evanovick, afirma que o movimento também é contra as medidas de austeridade tomadas pelo Governo Federal. “No ato de amanhã, vamos deixar claro que somos contra todas as medidas de austeridade que a presidente tomou. E somos contra o aumento da gasolina, pois não faz sentido a população arcar com isso”, disse o líder estudantil.
“Precisamos caçar os corruptos e puni-los. Mas não podemos com isso atentar contra a Petrobras. Não participaremos dos atos de domingo porque eles não têm pauta definida e a defesa do Impeachment não faz sentido. Não há nada que justifique isso”, argumenta Yan.
“Somos contra o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Enquanto isso não acabar, a corrupção vai continuar. As empresas fazem investimento em políticos, pelo que temos assistido. Também queremos lista paritária com 50% das vagas para mulheres”, disse o presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Eron Bezerra.
Segundo Eron, o PCdoB acredita que o objetivo da oposição ao Governo Federal é desmoralizar a Petrobras para privatizá-la. “Já tentaram isso no passado. Agora eles insistem novamente”, disse Eron.
A presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Amazonas (CTB-AM), Isis Tavares, tachou o ato contra a presidente de "um grande equívoco". “Hoje temos oportunidade de ver as pessoas envolvidas em corrupção investigadas. O governo Dilma nunca mandou frear qualquer investigação. As pessoas estão se deixando levar por grupos que têm interesse político", disse.
"A gente tem problema? Tem. A presidente foi honesta quando disse que estamos passando por uma crise, mas o governo está trabalhando. Por trás desse protesto há o interesse de vender a Petrobras, de olho na riqueza do pré-sal. Dia 13 vamos para a rua defender a Petrobras e o governo Dilma. Vamos resolver os problemas democraticamente, sem golpes. Não podemos retroceder”, completou a sindicalista.
Além do PCdoB e da CTB, confirmaram participação na manifestação a CUT, UJS, UBM, UNE, Ubes, Umes, Unegro e Conam e Sinteam.
*Com informações da assessoria