Apesar da melhora no cenário da produção industrial, os números ainda refletem os efeitos da pandemia em todo Brasil, afirmou o presidente da Fieam, Antônia Silva
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Ao contrário da tendência nacional, na qual nove de 15 cidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram queda na produção industrial entre março e abril, o Amazonas foi destaque com alta na produção industrial de 1,9% e teve a segunda taxa positiva seguida, acumulando ganho de 11%. Além disso, o estado teve um bom desempenho no setor de derivados do petróleo, considerado o vilão da queda da produção industrial em outras cidades.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou alta também no Rio de Janeiro, de 1,5%, provocada pelo setor extrativo de petróleo. O Espírito Santo teve subida de 0,9%. O vizinho Pará subiu 0,3% percentuais na sua produção industrial, empatada com o desempenho do Rio Grande do Sul (0,3%). A menor alta foi registrada no Paraná de 0,2%.
O crescimento nacional em relação ao mesmo período de 2020 foi de 34,7%. Nesse índice 12 estados dos 15 pesquisados tiveram alta. Mas, em comparação a abril, o desempenho não foi tão animador porque, ano passado o setor industrial foi pressionado pelo isolamento social decorrente da pandemia de covid-19.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas(Fieam), Antônio Silva, apesar de o Amazonas apresentar uma melhora no cenário da produção industrial, os números ainda refletem os efeitos da pandemia em todo Brasil.
"Os números da passagem de março para abril refletem o momento da pandemia à época. Nesse período, as demais Unidades da Federação estavam entrando na linha ascendente da pandemia, com a imposição de diversas medidas restritivas. Enquanto, no Amazonas, ingressávamos na fase de flexibilização, razão pela qual nossos indicadores estão descolados do nacional. No comparativo com o mesmo período de 2020, o saldo também é positivo, porque esses meses de 2020 foram os piores da indústria nacional, logo no início da pandemia de COVID-19 no país, ou seja, a base produtiva estava em franco descenso e com indicadores reduzidos", disse o presidente.
O Amazonas também apresentou avanço acima da média na comparação anual com 132,8%. O Ceará teve 90,2%; Paraná 55,1%; Rio Grande do Sul ficou com 53,8%; Santa Catarina (50,5%) e São Paulo (45,5%).
Completam a lista dos locais com alta, em relação a abril de 2020, Minas Gerais (32,5%), Pernambuco (31,4%), Espírito Santo (26,1%), região Nordeste (20,2%), Rio de Janeiro (10,3%) e Pará (6,0%).