O procurador Federico Delfino disse que os irmãos reconheceram o crime, mas alegaram tê-lo cometido sem querer. Pena alternativa por ser, possivelmente, uma doação em dinheiro a alguma instituição de caridade
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O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Assis chegaram a um acordo com a Procuradoria do Paraguai, na quinta-feira, para não serem processados pelo uso de passaporte adulterado, que os deixou em meio a um escândalo pouco depois da chegada ao país.
Ambos foram convocados a prestar depoimento logo após a polícia apreender os documentos durante uma operação na noite de quarta-feira na suíte do luxuoso hotel em que estavam hospedados.
O procurador Federico Delfino disse que os irmãos reconheceram o crime, mas alegaram tê-lo cometido sem querer.
“Estamos buscando uma saída alternativa que não resulte em um acusação formal e reconheça que essas pessoas foram, vamos dizer, pegas de surpresa”, disse Delfino a repórteres em Assunção.
Um juíz vai decidir nesta sexta-feira se aceita a recomendação de Delfino. Se assim fizer, ele determinará uma pena alternativa, possivelmente uma doação em dinheiro a alguma instituição de caridade local.
Delfino já havia explicado mais cedo que o ex-jogador e seu irmão saíram do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, com documentação brasileira e teriam recebido os passaportes paraguaios “assim que deixaram o avião”.
“Tanto o senhor Ronaldinho quanto seu irmão disseram que era um presente”, disse Delfino, acrescentando que, segundo as investigações preliminares, os números dos passaportes correspondem a documentos de outras pessoas.
O advogado Adolfo Marin, um dos representantes do ex-atleta, disse a repórteres que Ronaldinho prestou depoimento e não tinha qualquer restrição, ainda que tenha optado por manter-se no país até que o caso seja esclarecido.