SSP-AM atua em expedição da Funai de proteção e monitoramento de índios isolados
A Fundação Nacional do Índio solicitou apoio da SSP-AM para garantir a segurança da equipe operacional de fiscalização e vigilância.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) participa da Expedição de Proteção e Monitoramento de Indígenas Isolados Korubo do Rio Coari. Os indígenas estão isolados na região do Vale do Javari, no Estado do Amazonas. A expedição conta com a participação de policiais militares do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do município de Tabatinga, a 1108 quilômetros de Manaus.
De acordo com o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras (GGI-F) da SSP-AM, tenente-coronel Almir Cavalcante, o trabalho dos policiais militares é garantir a segurança da Base de Proteção Etnoambiental no Vale do Javari.
A Funai solicitou apoio da SSP-AM para garantir a segurança da equipe operacional de fiscalização e vigilância. Além da Polícia Militar, o Exército Brasileiro participa por meio da 8º Batalhão de Infantaria de Selva.
A expedição começou nesta quinta-feira (7), com a participação direta de indigenistas e colaboradores da Funai, que já possuem experiência no trabalho com indígenas isolados; profissionais de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena; além de indígenas Korubo, Kanamari, Marubo e Mayoruna.
Segundo a Funai, a região do Vale do Javari - que faz fronteira com o Peru - é uma das maiores terras indígenas demarcadas do Brasil. Além das forças armadas, a Funai está atuando em conjunto com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
Vale do Javari
Localizada ao extremo oeste do estado do Amazonas, a terra indígena Vale do Javari é uma das maiores terras indígenas demarcadas do Brasil, com mais de oito milhões de hectares, é a região com maior concentração de registros de povos indígenas isolados, com 10 referências confirmadas e três em estudo.
A área rica em recursos hidrográficos, encontra-se no rio Coari, região tradicionalmente ocupada pelo povo Matis, contatado desde a década de 70, mas também pelo povo Korubo, que são grupos indígenas em situação de isolamento voluntário e outros três grupos considerados recente contato.