De acordo com ele, há contradições entre o depoimento feito por Pazuello na CPI e as informações prestadas por Marcellus Campelo à Polícia Federal; secretário vai poder na CPI dia 1º
(Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues, defendeu uma acareação entre o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. "É a (acareação) mais urgente a ser feita", defendeu Randolfe, ao comentar em entrevista coletiva o segundo depoimento de Pazuello.
De acordo com ele, há contradições entre o depoimento feito por Pazuello na CPI e as informações prestadas por Marcellus Campelo à Polícia Federal. A principal delas diz respeito à data em que o Ministério da Saúde teria sido comunicado do problema de abastecimento de oxigênio em Manaus: o secretário afirma ter feito o comunicado no dia 7 de janeiro; Pazuello, por sua vez, diz que nesse contato não foi falado em risco de desabastecimento e que só soube da possibilidade no dia 10.
O depoimento do secretário de Saúde do Amazonas na CPI da Pandemia está marcado para o dia 1º de junho. Entre os temas abordados na CPI nesta quinta-feira que envolveram o Estado esteve a possibilidade de intervenção no sistema de saúde do Amazonas. Na época, o pedido formal foi feito pelo senador Eduardo Braga e analisado pelo Governo Federal. Segundo Pazuello, a decisão de não intervir foi tomada em uma reunião ministerial que teve a presença do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com Pazuello, a decisão foi tomada após a explanação da situação do Estado pelo governador Wilson Lima, que participou da reunião. Em nota, o Governo do Amazonas afirmou que "nunca houve recusa do Estado para qualquer tipo de ajuda relacionada às ações de enfrentamento à COVID-19". Destacou, ainda, que "sempre pediu a colaboração federal para auxiliar no combate à pandemia".