Consumidores aproveitam virada do ano para renegociar dívidas
Organização das finanças faz parte das resoluções de ano novo. Elaboramos as principais dicas segundo três especialistas para alcançar o sucesso nas contas

O ano novo já chegou e aquelas antigas promessas de economia parecem difíceis em meio às dívidas previstas para 2020?
O melhor a fazer é apertar os cintos neste início de ano e fazer como a empreendedora Gessica Nunes, que após ficar desempregada, tem como boa parte dos brasileiros a meta de limpar o seu nome e cuidar da saúde financeira da família.
A empreendedora contou que economizou nas comemorações de dezembro para que pudesse utilizar esse valor para negociar a dívida que adquiriu no cartão de crédito enquanto esteve desempregada.
“Eu abri uma poupança em novembro. Devo entorno de R$ 2 mil vou dar uma entrada e parcelar o resto. Mas com o dinheiro que tenho só se for uma negociação muito boa e sem juros”, explicou Gessica.
Como se preparar?
Um problema pertinente identificado no brasileiro inadimplente segundo o diretor comercial da Easynvest, Fabio Macedo, é a falta de noção real dos gastos que efetuam, o que acaba dificultando o diagnóstico dos fatores que levam a população ao endividamento.
“Parece uma coisa meio óbvia, mas é fato que enquanto as pessoas não tiverem o controle financeiro, elas vão com certeza ficar inadimplentes, porque é muito mais fácil você gastar dinheiro do que você economizar dinheiro”, relata.
E para quem desejar elaborar metas para o próximo ano a reportagem de A CRÍTICA listou as principais dicas segundo três especialistas para alcançar o sucesso nas finanças.
Dica 1: Saiba onde estão seus gastos
“A primeira coisa a ser feita é a análise das despesas mensais, começando pelo mês anterior. Nesse momento, devem ser diferenciados os gastos fixos, como aluguel e contas de água; dos gastos variáveis, como lazer e consumo”, apontou o diretor de operações da Easynvest Amerson Magalhães.
Dica 2: Qual seu objetivo financeiro?
Magalhães explicou que o autoconhecimento facilita o estabelecimento de prazos e metas facilitando planejamento pessoal. “Essas informações ajudarão a esclarecer quanto dinheiro e por quanto tempo você irá precisar guardar, além de apontar quais investimentos, são os mais adequados para te ajudar nessa empreitada”, disse.
Dica 3: Crie uma reserva
Para uma vida financeira saudável, o diretor indica que é necessária a criação de uma reserva financeira. O valor a ser recolhido deverá ser o equivalente a seis meses dos gastos fixos mensais para que possa ser utilizado em um momento de crise como desemprego, por exemplo.
Dica 4: Diversifique seus faturamentos
Dois pontos importantes para a encontrar uma nova opção para diversificar os recebidos são a definição do perfil do investidor que pode ser desde o mais conservador até aquele que arrisca nos investimentos. Com isso será possível variar as opções de investimento que ele deseja fazer.
Dica 5: Cuidado com o cartão de crédito
Embora apresente facilidades o sócio e CEO da fintech Consiga+, Victor Loyola, recomenda prudência na utilização do crédito. “ Pense o seguinte: para que deixar para pagar o cafezinho só no mês que vem se você já o consumiu? Faz mais sentido pagar prestações de uma geladeira, por exemplo, um bem que vai durar por muito tempo”, aponta.
Dica 6: Opte pelo consignado
Caso apareça alguma emergência e ainda não possua uma reserva pode-se optar pelo empréstimo consignado. “Além de possuir taxas bem menores do que as do cartão de crédito, o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento”, ressaltou Loyola.