A lista de produtos que Aline tem que evitar pode ser grande e inclui pães, bolos, pizzas, pasteis, salgadinhos e outras guloseimas que tenham entre os ingredientes trigo, aveia, cevada e centeio . “Minha alimentação é totalmente livre de glúten. Em casa, todos aderiram a dieta”, conta portadora da doença
1.jpg
A estudante Aline Britto não come nada sem antes olhar se na embalagem tem a inscrição “não contém glúten”. É que a jovem de 16 anos sofre da doença celíaca, a impossibilidade de ingerir alimentos que contém glúten.
A lista de produtos que Aline tem que evitar pode ser grande e inclui pães, bolos, pizzas, pasteis, salgadinhos e outras guloseimas que tenham entre os ingredientes trigo, aveia, cevada e centeio . “Minha alimentação é totalmente livre de glúten. Em casa, todos aderiram a dieta”, conta.
Diagnóstico
“A doença celíaca é auto imune. É uma inflamação do intestino delgado que se desenvolve na infância e acaba trazendo alguns prejuízos à saúde do paciente”, explica o gastroenterologista Isaac Tayah.
Entre os sintomas, o principal é a diarréia. “Muitos pacientes chegam no consultório reclamando: ‘Doutor, eu estou comendo e meu alimento está saindo inteiro’. A primeira coisa que tem que fazer é investigar do que se trata. Se confirmada a doença celíaca, é partir para o tratamento”, explica.
De acordo com o médico, ainda são poucas as informações sobre a origem da doença. “Como a doença é no intestino fino, onde há certa dificuldade de acesso, existem poucos estudos em relação a doença. Por exemplo, como ela se desencadeia nós (os médicos e especialistas) ainda não sabemos, mas existem algumas teorias atuais em trabalhos científicos mostrando que a vitaminose D pode ajudar a diminuir o problema da doença celíaca, e que a deficiência dela pode ser uma das causas”, diz.
Tratamento
Não existe cura para a doença celíaca e o único tratamento eficaz é a total retirada do glúten da dieta. “Antes a dificuldade era maior, mas hoje você vê no supermercado a indicação nos alimentos, contém glúten ou não contém glúten. Além disso, existem pães, bolos e outros alimentos específicos para celíacos”, afirma.
Aline Britto sabe bem disso. A estudante foi diagnosticada com doença celíaca aos 10 anos de idade e desde então tem uma dieta sem glúten. “Desde que comecei a fazer a dieta, o acesso aos alimentos sem glúten já melhorou muito. Minha maior dificuldade é para comer fora de casa”, conta.
Dados
1% da população mundial tem doença celíaca e não sabe. Estima-se que só no Brasil existem mais de 4 milhões de celíacos. Ainda há poucos estudos médicos sobre a real causa e cura desse mal.