Jogador amazonense Werton fala sobre atual momento vivido no Flamengo
Nascido de Benjamin Constant, atacante de 17 anos assinou, no fim de 2020, seu primeiro contrato profissional com o Rubro-Negro

Uma inspiração para aqueles que sonham em ser jogadores profissionais, especialmente os atletas nascidos no Amazonas. Assim podemos definir o jovem Werton de Almeida Rêgo, de apenas 17 anos.
Natural de Benjamin Constant, Werton é jogador do Flamengo desde os 9 anos de idade. E, no dia 22 de dezembro de 2020, o atacante assinou seu primeiro contrato profissional pela equipe da Gávea. O vínculo da joia rubro-negra é válido até o fim de 2023 e a multa rescisória é de 50 milhões de euros, equivalente a R$ 315 milhões - de acordo com a cotação das moedas no dia 1 de janeiro.
Na atual temporada, Werton balançou as redes 11 vezes em 16 oportunidades, atuando entre as equipes Sub-17 e Sub-20 do Flamengo, que segue vivo em duas competições: a Copa do Brasil Sub-17 e o Campeonato Brasileiro Sub-20.
No torneio Sub-17, Werton é o goleador máximo do Rubro-Negro e vice-artilheiro da competição, com 4 gols marcados em 2 jogos disputados. Atualmente na fase de quartas de final, o clube irá enfrentar o Sport, em jogos de ida e volta, na quarta (6) e no próximo domingo (10).
No Brasileirão Sub-20 - competição na qual o Flamengo é o atual campeão -, o atacante atuou na vitória sobre o Fluminense por 3 a 1, na partida de ida do torneio. O jogo da volta acontece na segunda (4).
Em entrevista exclusiva ao CRAQUE, Werton fala a respeito de tudo que vem vivendo nesta temporada com a camisa do Flamengo. Uma jornada que, como o atacante destaca, jamais seria possível sem a valorização de todos aqueles que fizeram seu sonho se tornar possível.
Como você chegou ao Flamengo e como é estar em uma das bases mais vitoriosas do Brasil?
— Cheguei aos nove anos de idade no futsal do Flamengo. Meu pai me levou para fazer um teste, acabei ficando e estou até hoje.
Você marcou 11 gols em 16 partidas disputadas em 2020, entre Sub-17 e Sub-20. Qual desses jogos foi mais especial para você? E a que você atribui esse retrospecto positivo?
— O jogo que mais marcou foi diante do Santos, no início de novembro. Estava voltando de uma lesão e, como jogador de futebol, lesões sempre te deixam preocupado. Mas, graças a Deus, esse jogo marcou a minha volta ao time e eu pude contribuir com a importante vitória do Flamengo, marcando um gol. Sobre o retrospecto positivo, não adianta negar, isso é treino, alimentação e descanso adequados. Tem que ter foco também. Talento só não resolve. Precisa de treino e foco.
O valor da multa rescisória de seu contrato é de 50 milhões de euros. Isso, de alguma forma, motiva ainda mais você neste início de carreira, com contrato profissional?
— Minha motivação surgiu quando meus pais pegaram o barco, em Banjamin Constant, e partiram para Manaus numa viagem de três dias e meio para tentar a sorte na cidade grande. Desde então, aprendi a dar valor a todo esforço deles. Eu tinha seis anos, e aos nove, cheguei no Flamengo. Agora com 17 anos, com contrato profissional assinado, a motivação é triplicada e valorizada. Claro que são números impressionantes, mas eu tenho a cabeça no lugar. Se eu baixar meu rendimento, os numeros caírão. Tenho consciência de que preciso manter e melhorar ainda mais a minha performance e, principalmente, o Flamengo estar bem nas competições, para que essa minha geração seja lembrada. Não adianta trabalhar sozinho. Futebol é coletivo.
O que você guarda com carinho nessa sua caminhada até o dia de hoje, que começou desde os 6 anos de idade, quando saiu de Benjamin Constant com sua família?
— Os gritos do professor Carlito na minha primeira vez na escolinha de futsal em Manaus. Inesquecíveis. Eu estava perdido, corria a quadra toda atrás da bola (risos).
Quem é seu ídolo no futebol, em quem você se inspira e por quê?
— Kaká e João Félix. Pelo estilo de jogo de ambos. Curto muito o futebol e maneira que se portam dentro de campo. O Kaká não mais, pois se aposentou, mas o João Félix é um jogador que acompanho muito, desde os tempos de Benfica.
Mesmo com apenas 17 anos, você já serve de inspiração para muitos jovens, principalmente do Amazonas. O que você diria à todos que, assim como você, buscam virar profissionais em um grande clube?
— Não desistam dos seus sonhos. Jamais. Valorize cada gota de suor. Tenham disciplina, força de vontade, foco, força e fé.