'Jungle boy': Pizzonia fala da época que foi garoto propaganda de Manaus nas pistas
No aniversário de Manaus, A Crítica conversou com um manauara que levou o nome da cidade para as pistas do mundo: Antônio Pizzonia 24/10/2018 às 01:57
Algo que sempre acompanhou Antônio Pizzonia ao longo da carreira no automobilismo foi o apelido de ‘jungle boy’ (menino da floresta, em inglês). A origem da alcunha tem a ver com a cidade natal do piloto, Manaus, e o fato de ter nascido na capital amazonense sempre foi motivo de orgulho para o piloto que ganhou as pistas do mundo entre 2002 e 2005, na Fórmula 1.
O local do ‘batismo’ foi a Inglaterra, berço do automobilismo que recebe jovens pilotos de várias nacionalidades. “Logo quando eu cheguei na Inglaterra, eles não tinham ouvido falar de ninguém que tinha vindo do Norte do Brasil. Aí quando eu falei que era daqui, o apelido foi na hora, de imediato e até hoje muita gente me chama assim”, relembra Pizzonia que chegou ao país no ano de 1997 e morou na “Terra da Rainha” por seis anos. Ele explica que, apesar do apelido remeter à floresta, associação geralmente feita quando alguém se diz amazonense, os ingleses tinham noção de que no meio da floresta, existia uma cidade grande, apesar de ter desmentido alguns mitos.
“O europeu é informado sobre a cultura de outros países. Então eles sabiam que Manaus era uma cidade, capital do Amazonas. A principal curiosidade era em relação aos animais. Pensam que no Amazonas tem muito animal andando pela rua, mas explicava que era algo que geralmente a gente não vê. Eu, particularmente, morava longe de floresta, então nunca vi animal solto na rua”, contou Pizzonia.
As explicações, no entanto, nunca incomodaram o manauara que por onde passava, divulgava a cidade de Manaus. “Eu sempre tive muito orgulho de ter nascido aqui e de ter conquistado e alcançado o que eu alcancei na minha carreira. Sair de uma cidade que nunca teve muita tradição no automobilismo era uma honra. Fazia questão de levar o nome daqui por todo lugar que passava, nas categorias queu passei. Sempre usei o ‘visite o Amazonas’ no carro, capacete, macacão, quando tinha espaço, e sempre procurei divulgar o máximo da minha cidade e meu estado”, enfatizou.
Pizzonia nasceu em Manaus em 1980 e no início dos anos 90 começou a sair para disputar provas de kart em São Paulo. Morou por sete meses em Orlando, nos Estados Unidos, onde fez um curso de pilotagem e de lá rumou para a Inglaterra. Apesar de rodar o mundo, ele conta que de uma coisa não abria mão: passar as férias em Manaus.
“Todas as férias que eu tive no período que estive fora, eu vinha pra cá. Não tinha outro lugar que não fosse voltar para a minha cidade para ficar com a minha família. Fui morar fora no auge da juventude, então eu sentia falta dos amigos, de me divertir com eles”, declarou o piloto.
Hoje, Pizzonia mora em Manaus e conta que a identificação com a ‘terrinha’ é grande. Até o clima, que incomoda boa parte dos nativos, não é problema. “Gosto do calor. Se tiver que escolher entre frio ou calor, vou escolher o calor”, se diverte. “Além disso me identifico com um pouco de tudo: cultura, comida. A única coisa que eu não gosto em Manaus hoje é o trânsito que está infernal e me incomoda bastante”, completa, mas para o piloto existem também mudanças interessantes. “Hoje a cidade está mais misturada. Tem gente do Brasil inteiro. Se a gente for ver 15, 25 anos atrás era só amazonense. Hoje tem gente do Brasil inteiro vivendo aqui, que teve filho aqui, começou a vida em Manaus e com o mundo globalizado que está hoje as pessoas sabem que aqui tem uma cidade grande”.
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