Prodígio do jiu-jítsu amazonense investe em lives e faz sucesso nas redes
Micael Galvão, 16 anos, acumula mais de 110 mil seguidores no Instagram e ultrapassou a marca de 30 mil inscritos em seu canal no Youtube. Agora, ele usa a quarentena para realizar lives, que chegam em média a marca de 4 mil espectadores

Tratado no mundo todo como o próximo fenômeno do jiu-jítsu, Micael Galvão, jovem amazonense de apenas 16 anos, mostra que já dispensa o “próximo” e cada vez mais se consolida diante dos grandes nomes da arte suave.
Multicampeão da modalidade (em 2019 ele chegou a acumular mais de 100 vitórias seguidas durante a carreira), acumulando títulos em Grand Slams internacionais, campeonatos nacionais e regionais, o faixa-roxa que ficou famoso por seu talento nos tatames, agora dá show também fora deles.
Em meio a pandemia, com as recomendações de isolamento social, as redes do atleta estão bombando: já são mais de 110 mil seguidores no Instagram e ultrapassou a marca de 30 mil inscritos em seu canal no Youtube. Agora, ele usa a quarentena para realizar lives (tipo de interação online que ficou bastante popular neste período) com atletas e profissionais do esporte.
“Depois que muitos ficaram sem poder sair de casa, as pessoas passaram a utilizar mais as redes sociais e acabei recebendo vários convites para fazer lives. Eu não fazia antes mas estou gostando e pensando em continuar fazendo após isso passar. Estou realizando as lives com certa frequência, mas também mantenho o foco nos treinos em casa”, disse o atleta que foi lapidado pelo próprio pai, o faixa-preta Melqui Galvão.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Ele também faz um balanço da receptividade do público em relação às transmissões ao vivo, que abordam desde alimentação até o psicológico dos praticantes da arte suave. “Meus seguidores tem gostado bastante das lives, geralmente ficam assistindo em tempo real mais de 200 pessoas e no geral, contando a duração toda, passam umas 4 mil pessoas por live. Já tenho mais uma marcada nesta terça-feira (19)”, afirmou sobre o engajamento de seus seguidores.
O jovem ressalta a importância da interação entre lutadores e público, chegando a nivelar sua dedicação nos tatames com as estratégias do mundo digital. “Meu pai fala que é tão importante quanto treinar. Levo muito a sério minhas redes sociais. Foram elas que me fizeram ter reconhecimento mundial mesmo morando tão longe e distante dos grandes centros”, comentou o manauara sobre as plataformas que evidenciaram seu talento internacionalmente.
Treinos continuam
O cenário imposto pelo Coronavírus (Covid-19), atingiu o faixa-roxa de forma não tão agressiva, quanto os outros lutadores que precisam treinar de forma isolada. Ele revela que o projeto Dream Art, encabeçado por seu pai em Manaus, disponibiliza alojamento na própria academia e que a quarentena está sendo de muito suor.
“Nossa escola é dividida em duas: alunos pagantes que não tem o objetivo de se tornarem profissionais e atletas do projeto social que moram na escola e treinam em tempo integral. Ela tem camas, fogão, geladeira e todo o necessário para abrigar 12 pessoas. Estamos a oito semanas fazendo treinamento intenso”, destacou Micael, que possui luta marcada em evento nos Estados Unidos, em Junho.