'Quarteto Fantástico' das piscinas do AM é tetracampeão e impressiona
Após conquistar quarto Norte e Nordeste na categoria Mirim I, quarteto de amazonenses mira maiores objetivos

Não importa a idade, o talento pode aparecer para qualquer um. E acostumado a revelar atletas do mundo da luta, o Amazonas pode colher os frutos de um ‘Quarteto Fantástico’ da natação no futuro. Mesmo vivendo em um Estado que não é polo da modalidade, Adriele Marcela, Gabriel Castro, Marcos Rafael e Angelynne Rocha se destacam e acumulam tempos impressionantes nas piscinas.
Juntos, defendendo as cores do Instituto Pedro Lucas e disputando a categoria Mirim I - destinada aos atletas de 9 anos de idade -, os quatro conquistaram o tetracampeonato do Norte e Nordeste no final do mês de setembro, desbancando equipes tradicionais - e numerosas - de outras regiões do Brasil. Feitos que impressionaram os pais dos atletas, que estiveram presentes ao desafio em território adversário.
“Eles fizeram tempos astronômicos para a idade deles. Com apenas 9 anos, eles fazem tempos de garotos de 12, 13 anos. Isso não se vê em lugar nenhum. E lá no Norte e Nordeste eles já eram reconhecidos por isso. Todos reconheceram a qualidade deles. Enfrentamos equipes com 100 atletas, e nós apenas com quatro”, comentou Miguel Castro, pai de Gabriel.
Reconhecimento
E a admiração não vem só dos pais. As conquistas construíram uma fama que faz o quarteto ser reconhecido por onde passa. Mesmo competindo fora de casa, Marcela, Gabriel, Marcos e Angelynne já são ‘tietados’ nas competições. Afinal, não é todo dia que apenas quatro nadadores superam equipes com cerca de 100 atletas, e nadando em tempos inéditos.
“Quando os meninos chegaram em Natal, já sendo tricampeões do Norte e Nordeste, todos apontavam para eles, já sabendo do resultado que eles haviam conquistado. E ser respeitado no Nordeste é muito legal. Eles são um polo da natação e sempre revelam atletas de ponta”, contou Adinilson Coelho, pai de Marcela, que exalta o quarteto. “A melhor geração é essa. E falo pelos tempos que eles fizeram”, completou.
Em busca de apoio
A história lembra o filme ‘300’. Apenas quatro pequenos ‘guerreiros’ contra equipes numerosas de regiões tradicionais da natação. Tudo isso somado à diferença de estrutura entre os clubes. No Norte e Nordeste, o quarteto do Instituto Pedro Lucas atropelou equipes como a tradicional AABB e Flamengo, que sempre investem em esportes olímpicos. Diferenças que os próprios pais tentam igualar com dinheiro do bolso.
“Estamos conseguindo ser mais fortes do que o Nordeste todo. E mesmo sem a estrutura que eles normalmente têm, com nutricionista, fisioterapeuta e tudo mais. Nós mesmos, pais, que tentamos dar todo o preparo aos pequenos. A própria piscina em que eles treinam, aqui em Manaus, é alugada durante determinado horário”, revelou Adinilson Coelho.