Países amazônicos virão a Manaus em 2017 para encontro global sobre a água
Será encaminhado à ONU o interesse do Amazonas em realizar o encontro de cunho regional e global em Manaus; ato é resultado de reunião da Rede da ONU de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
O governador do Amazonas, José Melo (Pros), vai realizar um encontro global em Manaus com a participação das principais autoridades políticas, científicas, ambientais e econômicas da Amazônia Continental, envolvendo os oito países (Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Guiana, Suriname) em 2017.
Essa foi a sua decisão estratégica, à luz das diretrizes da nova lei de serviços ambientais do Amazonas, e uma resposta concreta na reunião promovida pela Rede da ONU de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN) realizada no último dia 7 na Universidade de Columbia (Campus de Paris), no âmbito da COP 21, como evento paralelo coordenado pelo superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana.
Melo alinhou-se com as diretrizes da ONU na valorização da água, como um dos mais importantes ativos ambientais do mundo, onde o Amazonas e a Amazônia Continental são soberanos, já que a região detém 20% da água doce do planeta. “Vamos trabalhar para trazer recursos ao povo amazonense e da região, com o que temos de melhor ambientalmente, e a água é central neste debate planetário”, destacou Melo.
O deputado Luiz Castro (Rede Sustentabilidade) apoiou integralmente a iniciativa de Melo e se dispôs a trabalhar na direção de abrir caminhos políticos e sociais para alavancar a temática ambiental relacionada à água”.
Água será tema da agenda regional
O superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana, coordenou a reunião, na Universidade de Columbia (Campus de Paris), no âmbito da COP 21, que contou com representantes dos países que constituem a Amazônia continental, na condição de presidente da SDSN para a Amazônia, vai encaminhar para o secretário geral da ONU, Ban Kim Moon, o interesse do Amazonas em realizar o encontro de cunho regional e global estratégico para o desenvolvimento da região.
“A ideia de valorização da água como ativo ambiental é extraordinária, porque a Amazônia é responsável pelas chuvas em praticamente toda a América do Sul, que vive sob o efeito direto das mudanças climáticas. Surgiu aqui no debate e tem muita força”, salientou Viana.
“Estamos de acordo para avançar na busca de recursos para o Amazonas e a região panamazônica”, comentou o deputado estadual Luiz Castro (Rede) representante oficial da Assembleia Legislativa do Amazonas na COP 21.
O ex-ministro do Meio Ambiente da Colômbia Manuel Rodrígues Becerra uma das mais importantes autoridades no tema água, disse que apoia a iniciativa de Melo, sob a égide da SDSN, por entender que é a “melhor forma de mostrar às comunidades locais, nacionais e internacionais o papel da região, como força ambiental que precisa ser reconhecida e valorizada imediatamente. As pessoas precisam saber que o mundo já enfrenta uma crise hídrica”, comentou.