Policiais civis teriam atirado contra manifestantes que tentavam invadir uma unidade policial para linchar um padrasto preso suspeito de ter estuprado a filha de 1 ano e 5 meses de idade
(Otávio Gabriel (à esquerda) e Roniel Viana morreram no protesto (Fotos: Divulgação))
A manifestação dos moradores da comunidade Terra Preta do Limão, no município de Barreirinha (a 331 quilômetros de Manaus) acabou com duas pessoas mortas e outras três feridas. Revoltada, a população quis linchar o padrasto de uma criança de 1 ano e 5 meses, preso na 42ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP). Durante a tensão, algumas pessoas tentaram invadir o local, mas foram recebidas a tiros por policiais civis.
No tiroteio, cinco pessoas foram baleadas e socorridas em carros e motocicletas para o Hospital Coriolano Lindoso Cidade. Otávio Gabriel de Souza Lopes, 20, alvejado com um tiro no pescoço, e Roniel Viana de Carvalho, 26, atingido na cabeça, não resistiram aos ferimentos.
Foto: Jair Carneiro
O jovem de 20 anos morreu minutos de dar entrada na unidade hospitalar do município. Já a segunda vítima ainda chegou a ser transferida com vida para o hospital em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). Outras três vítimas seguem com estado clínico estável, sendo duas com tiros no rosto e uma com ferimento na perna.
Em meio ao protesto, duas viaturas foram depredadas e incendiadas. Já vazia, os populares atearam fogo na unidade policial. Alguns presos conseguiram fugir, sendo que outros foram transferidos juntamente com o suspeito do crime para a 3ª DIP de Parintins.
Para conter os ânimos, a Polícia Militar enviou nove policiais de Parintins e cinco de Boa Vista do Ramos (a 221 quilômetros da capital), além do efetivo da Força Tática. Até o momento nenhum manifestante foi preso pelo vandalismo.