Homem em surto é morto após esfaquear mãe e filha em Manaus
Assassinato ocorreu no bairro Jorge Teixeira e será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS)

Ramilson Rodrigues Torres, 29, foi linchado no final da manhã desta sexta-feira (4), após esfaquear duas mulheres durante surto psicótico. O caso aconteceu na invasão Coliseu, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus.
Segundo informações da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), Ramilson desentendeu-se com Raiane Rodrigues Ferreira, 34, e a filha dela, uma adolescente de 16 anos, por causa de uma cerca de madeira que divide as duas propriedades.
Durante a discussão, Ramilson foi até a casa dele e apoderou de uma faca. Em seguida, ele atacou as vizinhas, que ficaram feridas. Para não morrerem, elas chegaram a pular a janela e pediram ajuda dos vizinhos.
Diante da situação, alguns moradores se armaram com pedaços de paus, picaretas e pá. Revoltados, o grupo atacou Ramilson, que foi dominado e agredido até a morte. Após o crime, os agressores fugiram sem serem identificados.
Mãe e filha foram socorridas e levadas para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na mesma zona. As primeiras informações são que as mulheres passaram por cirurgias e não correm risco de morte.
De acordo com o delegado Torquato Mozer, titular do 30° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Ramilson sofria de problemas mentais e estava afastado do trabalho em decorrência dos transtornos.
“Na casa dele, foram encontrados vários medicamentos relativos a tratamentos psiquiátricos”, disse.
Ainda conforme Mozer, a suspeita da polícia, após análise no local, é que o homem havia surtado antes de esfaquear as vítimas.
Os populares da área, que lincharam Ramilson, golpearam o homem com a mesma faca utilizada por ele para ferir a mulher e a adolescente. “Ramilson morreu devido, além das facadas, a um afundamento craniano resultante dos golpes que populares desferiram nele, com uma pá”, afirmou.
No cenário do crime, a polícia encontrou uma pá suja de sangue. Após o trabalho da perícia criminal, o corpo de Ramilson foi removido por uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) para exames de necropsia.
Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito foi preso pela polícia. O assassinato será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
*Colaborou Filipe Távora