Advogadas protestam contra agressão em delegacia de Tefé e policiais respondem
Grupo foi à Delegacia Geral nesta segunda (18) em defesa da colega Jéssica Thaís, mas policiais responderam com faixas com crítica à OAB e defendendo prerrogativas da categoria

Advogadas e policiais civis dividiram espaço na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, em Manaus, na manhã desta segunda-feira (18), em protestos sobre o mesmo caso, mas com objetivos distintos.
O caso em questão aconteceu em uma delegacia do município de Tefé, no mês passado. As advogadas afirmam que a profissional Jéssica Taís foi tirada à força de dentro da delegacia por um investigador identificado apenas como Norton. Já os policiais sustentam que o colega de profissão estava apenas cumprindo a lei.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy, acompanhou as advogadas no protesto e afirmou que Thaís foi segurada com tanta força que ficou com hematomas nos braços. Choy disse que entende a ação do policial como um ato isolado, que não representa o sentimento da corporação policial. A ida das advogadas à Delegacia Geral é a demonstração de que o ocorrido não será aprovado.
Os policiais ficaram sabendo do ato das advogadas e resolveram se antecipar ao protesto com faixas. "OAB, defesa cega não é defesa" e "Advogados, tuas prerrogativas não anulam as nossas da Polícia Civil" eram algumas faixas exibidas pelos policiais. O investigador Jaime Lopes, que representava o Sindicato dos Policiais Civis do Amazonas (Sinpol), disse que a categoria estava presente com objetivo de refutar uma posição parcial em relação aos fatos. Na opinião dele a situação ocorreu tem de ser devidamente apurada.
De acordo com o sindicalista, o investigador já está sendo submetido a um procedimento apuratório. E, para ele, a OAB deveria fazer o mesmo no que diz respeito ao comportamento da advogada.
*Com informações da repórter Joana Queiroz