Após morte completar um ano, mentor do assassinato de Oscar Cardoso ainda está foragido
Suspeito de arquitetar morte de delegado, o narcotraficante João Branco ainda não foi capturado. Cardoso foi morto com 20 tiros há exatamente um ano

Nesta segunda-feira (9), completa-se um ano da morte do delegado Oscar Cardoso Filho, 61, executado com mais de 20 tiros no bairro São Francisco, Zona Sul, no dia 9 de março de 2014.
Entre prisões, queima de arquivos e investigações, o mentor do crime, o narcotraficante e um dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN), João Pinto Carioca, o “João Branco”, ainda segue foragido.
Há suspeitas de onde ele esteja, mas, o fato, é que até hoje João Branco segue como um verdadeiro desafio às Leis e às autoridades amazonenses.
De acordo com uma fonte da polícia, se João Branco estivesse em Manaus, ele já estaria morto. Ele estaria na Colômbia ou na Bolívia, e seguiu para lá no dia 17 de março do ano passado, fugindo do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no KM 8 da BR-174 (Manaus - Boa Vista), uma semana depois da morte do delegado.
O traficante teria recebido informações privilegiadas sobre a Operação Hórus, que cumpriria no dia seguinte o mandado de prisão pelo homicídio de Oscar Cardoso.
Mandante
João Branco ordenou a morte por causa de um suposto estupro de policiais civis da equipe do delegado contra sua esposa. Porém, fontes informaram que o traficante inventou essa história para encobrir a verdade.
Segundo fonte da polícia, Oscar Cardoso pode ter sido morto porque iria prestar depoimento à Justiça. Ele estava afastado de suas funções, pois havia sido preso durante a operação Tribunal de Rua.
Fuga misteriosa
Até hoje a fuga de João Pinto Carioca, de 39 anos, de dentro do Compaj ainda é um mistério. O narcotraficante cumpria pena no regime semiaberto e desapareceu minutos depois da direção do local ser comunicada, por uma equipe de delegados, de que havia um novo mandado de prisão contra ele.
O líder da FDN saiu por túnel com mais 19 detentos, entre eles o Messias Sodré, acusado de participar da morte do delegado. A suspeita é de que ele tenha recebido ajuda de agentes penitenciários. Conforme a fonte, a polícia não possui pistas sobre o paradeiro de João Branco.
Doze meses sem pistas
Dia 17 deste mês completa um ano de sua fuga. O segundo no comando da facção criminosa é investigado por 20 homicídios em Manaus. Ele é conhecido pelos integrantes pela forma que executa os rivais do tráfico.