Corregedora diz que assassinato pode gerar demissão de delegado dos quadros da PC
Segundo Iris Trevisan, processo administrativo já foi aberto e tem prazo de 90 dias para ser concluído; caso é considerado grave

A Corregedoria-Geral da Segurança de Segurança Pública informou que vai instaurar um Processo Administrativo para apurar as circunstâncias do assassinato do advogado Wilson Justo Filho, cometido pelo delegado de Polícia Civil, Gustavo Sotero, na madrugada deste sábado, no Porão do Alemão. A corregedora-geral, Iris Trevisan, classificou o episódio como grave e é inadmissível e não descartou a possibilidade de demissão do delegado.
Segundo Trevisan, a corregedoria irá realizar todas as diligências necessárias para evitar nulidades futuras e tomar todo o cuidado com o caso."Já determinei a abertura do processo administrativo, que é algo mais sério e o resultado dele pode gerar a demissão a bem do serviço público. O processo tem um prazo de 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por um tempo maior."
Sotero responde a um outro procedimento na corregedoria desde 2014, por suspeita de dirigir alcoolizado. Sobre isso, a corregedora informou que se trata de uma sindicância que está em fase final.
O delegado-Geral da Polícia civil, Mariolino Brito, também lamentou o ocorrido mas afirmou que a Polícia Civil já realizou todos os procedimentos necessários. Ele confirmou que a casa de show onde o crime aconteceu cedeu imagens do local, mas não entrou em detalhes sobre o que elas mostram.
De acordo com Brito, todo o material será apresentado durane audiência de custódia e caso a prisão do delegado seja convertida em preventiva, ele irá ficar aquartelado na carceragem da Delegacia Geral, no Dom Pedro.
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