Defesa pede soltura de Mayc Parede e diz que prisão do lutador é ‘política’
Para o advogado do lutador de MMA, Mayc só está preso porque o caso aconteceu na casa do enteado do prefeito. ‘Se fosse na casa do João de Tal, Mayc estaria solto’, disse

A defesa do lutador de MMA Mayc Parede entrou na noite de segunda-feira com pedido de revogação de prisão em favor dele no Tribunal de Justiça. O Advogado Josemar Berçot disse que justificou o pedido alegando que a prisão de Mayc é política. “Ele só está preso porque o caso aconteceu na casa do Alejandro que é enteado do prefeito. Se fosse na casa do “João de Tal”, ele estaria solto”, disse Berçot.
Berçot disse que há mais de dez anos trabalha com o advogado criminalista e nunca viu nenhuma situação semelhante com a do Mayc. De acordo com o advogado o lutador de MMA não foi preso em flagrante, se apresentou espontaneamente, colaborou com a polícia e ainda confessou o crime, mesmo assim está sendo mantido preso. “Eu tenho uns 30 clientes nessa condição e que estão aguardando o julgamento em liberdade”, destacou.
Conforme Berçot, as declarações de Alejandro Molina Valeiko a uma repórter da TV A Crítica acusando o sargento da Polícia Militar Elizeu Da Paz de ser o autor da morte de Flávio, não alterou em nada a condição de Parede perante a Justiça. “Alejandro está confuso nas declarações que faz. O que ele fala não se encaixa nem mesmo nas suas declarações”, ponderou.
Mayc é o assassino confesso do engenheiro Flávio Rodrigues está preso aproximadamente dois meses no Centro de Detenção Provisória. Ele é o único dos cinco suspeitos de participação no crime de Flávio que está preso em uma unidade penitenciária, o Centro de Detenção Provisória Masculina (CDPM 1), no Km 8 da BR-174.
Amanhã pela manhã Mayc deverá passar pela audiência de custódia, onde a sua prisão será analisada e avaliada por uma juíza e três promotores de Justiça que estão acompanhando o caso. O advogado disse que orientou o custodiado a permanecer calado, mas este preferiu falar e manter o que disse no inquérito policial.
No interrogatório no qual Parede foi submetido no dia 8 do mês de outubro deste ano, pela delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e SeqUestros (DEHS) Marília Campelo, ele disse que puxou a vítima de dentro do carro e que o levou em direção “mais para dentro” de um descampado onde a vítima teria reagido e os dois teriam travado uma luta corporal, foi quando ele desferiu as facadas que mataram o engenheiro.
No auto de acareação no dia 10 de outubro, Mayc fez uso do seu direito constitucional de permanecer em silêncio, e durante a reconstituição do crime ele preferiu não participar. A confissão de Mayc não convenceu a polícia e nem os seus familiares.