Em Manaus, cemitérios são tomados pela saudade e lembranças no Dia das Mães
Mais de 500 mil pessoas passaram pelos cemitérios da capital nesta domingo (12) para visitar túmulos de familiares

Saudade era o sentimento que tomava conta de todos os filhos que visitavam, neste domingo (12), qualquer um dos cemitérios na capital amazonense. Como no caso da autônoma Fernanda Monteiro, que relembrou com carinho, no Cemitério Santa Helena, no bairro São Raimundo, Zona Oeste, o exemplo de vida que a mãe dela, falecida há 10 anos, havia lhe proporcionado. “Ela era muito humilde e caridosa, fazia o possível para que eu e meus irmãos tivéssemos do bom e do melhor”, conta.
A dona de casa Iara Costa enxugava as lágrimas e lembrava da mãe, que partiu há três anos, vítima de um câncer de fígado. “Minha mãe era tudo pra mim e por isso sempre que posso venho até aqui com meu esposo e trago flores, rezo por sua alma e limpo a sepultura”, disse.
Tranquilidade foi a definição usada pela Itacy Costa, administradora do Cemitério São João Batista, na Zona Centro-Sul, para falar como foi o movimento no local, onde eram esperadas 30 mil pessoas. No Santa Helena, a maior visitação se deu no sábado. Mesmo com o período chuvoso, muitos filhos não deixaram de fazer suas homenagens às mães, segundo Lenai França, responsável pelo local. A estimativa é que o cemitério tenha recebido 9 mil visitantes.
A Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) divulgou estimativa que, para a data, que é considerada de maior visitação no ano, os seis principais cemitérios de Manaus tenham recebido, pelo menos, 500 mil pessoas.
E quem pensava em lucrar com a venda de flores e velas acabou se decepcionando com o movimento mais fraco no Dia das Mães. A autônoma Waldemira Negreiros, que há 23 anos trabalha no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no Tarumã, Zona Oeste, lembra que, no ano passado, o lucro havia sido bem maior e que as flores e velas haviam se esgotado logo no início da tarde.