Familiares de Flávio realizam missa de três meses de falecimento do engenheiro
"Nós confiamos em Deus e confiamos que a Justiça dele vai se revelar para o bem”, disse a irmã do engenheiro após o término da missa. Apenas dois suspeitos de participação na morte de Flávio Rodrigues, 42, permanecem presos

Familiares e amigos do engenheiro Flávio Rodrigues, 42, participaram de uma missa pelos três meses de sua morte na manhã deste domingo (29). A celebração aconteceu na paróquia Coração Imaculado de Maria, no bairro Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus.
No local, emocionados, alguns não quiseram dar entrevista e apenas lamentavam o corrido no dia 29 de setembro, data em que o engenheiro foi assassinado e posteriormente encontrado morto no dia 30 de setembro, em um terreno no bairro Tarumã, na Zona Oeste da capital, após uma festa na casa de Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus.
A irmã de Flávio, Aline Almeida, falou sobre a última decisão da Justiça, referente à concessão do habeas corpus em favor de Alejandro, apontado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) como um dos autores da morte do engenheiro.
"A gente tem acompanhado tudo pela imprensa. Assim como com o que os advogados sabem e nos passam. Já esperávamos por isso, por conta dos advogados de outro estado que foram contratados e quando as coisas chegam no âmbito de Brasília as coisas mudam. Mas apesar da decepção, nós confiamos em Deus e confiamos que a Justiça dele vai se revelar para o bem”, disse Aline após a celebração.
A missa, que ocorreu em meio a homenagens a outras pessoas que perderam os entes queridos, foi regada de emoção onde o tema principal da homilia foi à importância da família. A celebração durou pelo menos uma hora e meia e ao final os familiares e amigos do engenheiro se reuniram em frente à igreja, onde se abraçaram e se organizaram para seguir ao cemitério onde o corpo de Flávio foi sepultado.
Flávio participava de uma festa na casa de Alejandro Valeiko no dia do crime. O MPE-AM, que ainda está em conclusão das investigações, denunciou ele e mais quatro pessoas pelo crime. O policial militar Elizeu da Paz, o lutador de MMA Mayc Vinícius Teixeira Parede, que continuam detidos, José Edvandro Martins de Souza e Paola Valeiko, que não estão presos.
Alejando Molina Valeiko deixou o Centro de Detenção Provisória (CDPM 1) na noite da última sexta-feira (27), depois de decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A liberdade é monitorada por tornozeleira eletrônica.