Funcionários de refinaria reclamam de atraso salarial
Trabalhadores atuam na Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas. De acordo com a categoria, funcionários terceirizados que prestam diversos serviços à Petrobras estão com os salários do mês de setembro atrasados

Grupo de trabalhadores do setor petrolífero no Amazonas fez uma manifestação na manhã desta segunda-feira (8), na frente da sede da Petrobras em Manaus, para reivindicar o pagamento de salários atrasados.
De acordo com o diretor-secretário do Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro), Agnelson Camilo, que acompanha a mobilização da categoria, os funcionários terceirizados que prestam diversos serviços à Petrobras estão com os salários do mês de setembro atrasados.
“Na verdade há seis meses vem ocorrendo o descumprimento do contrato de trabalho por parte da empresa Tenace, onde a antecipação do salário é atrasada, mês passado a antecipação atrasou e o pagamento do fim do mês também”, afirmou Camilo.
Falência
Segundo o representante do Sindpetro, a empresa Tenace Engenharia e Consultoria, contratada pela Petrobras alega que não tem recursos financeiros para regularizar o pagamento dos trabalhadores, atualmente. “A gerência da empresa foi lá na província de Urucu e anunciou que a empresa está abrindo falência”, disse.
Agnelson Camilo afirma que o mesmo ocorreu em agosto, quando os trabalhadores, cerca de duzentos e cinquenta, não receberam os salários em dia. A categoria parou as atividades durante três dias como forma de pressionar os patrões.
“Quando atrasou o pagamento nos procuramos negociar com a gerência da Tenace e não houve o pagamento, aí os trabalhadores entraram em greve, ficaram praticamente três dias parados. Foi preciso negociar com a gerência executiva no Rio de Janeiro e conseguimos o pagamento”, contou Agnelson.
Reunião
A categoria aguarda reunião com representantes da Petrobras que ficaram de receber os trabalhadores para dar-lhes orientações, na tarde desta segunda-feira (8) na sede, localizada na Avenida Darcy Vargas, bairro Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus.
“Queremos que a Petrobras assuma a responsabilidade dela como concessionária, de contratante e resolva o problema dos trabalhadores. Os pagamentos atrasados e toda indenizatória deles”, colocou o diretor do sindicato.
Entre os trabalhadores prejudicados estão mecânicos, eletricistas, instrumentistas, operadores, entre outros. Todos atuam no setor de produção da Província Petrolífera de Urucu, que fica a 650 quilômetros a sudoeste de Manaus.
O caldeireiro industrial, Josimar de Jesus, revela que presta serviços à Petrobras faz cinco anos, e segundo ele, várias empresas contratadas pela petrolífera atrasam pagamentos. “Fica uma situação difícil pra nós trabalhadores, temos família, nossos filhos, e precisamos receber nossos salários. A gente espera que a Petrobras resolva essa situação”.
Sem relação
A Petrobras informou por meio da sua assessoria de impresa que a relação dos trabalhadores é diretamente com a empresa Tenace, mas que a gerência da petrolífera em Manaus realiza uma reunião com representantes da categoria, na tarde desta segunda-feira, para dar orientações aos funcionários terceirizados.
Contato
A reportagem do acritica.com entrou em contato com a empresa Tenace por meio do número de telefone 071 34xx-84xx, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também não localizou representantes da empresa em Manaus.