Moradores protestam na Zona Leste contra indenizações do Mindu
Policiais da 14ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e da 9ª Cicom estiveram no local, apagaram o fogo e retiraram a barricada feita pela população

Aproximadamente 50 moradores da Comunidade de Deus, localizada no bairro Tancredo Neves, Zona Leste de Manaus, fecharam a avenida Autaz Mirim e atearam fogo em pedaços de madeira e pneus na manhã desta quarta-feira (7). A ação aconteceu em protesto aos valores das indenizações pagos pela gestão municipal nas desapropriações que estão sendo feitas na área, que faz parte projeto de recuperação ambiental e requalificação social e urbanística do Igarapé do Mindu.
De acordo com a líder comunitária, Carla Leite, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) está pagando o valor de R$ 7 mil para cada morador, valor inferior ao preço avaliado para cada imóvel. Veja imagens aqui.
“Alguns imóveis custam cerca de R$ 70 mil e tem até de R$ 80 mil e querem pagar apenas esse valor insignificante com a desapropriação e realocação das famílias. Com R$ 7 mil não dá para comprar uma casa em lugar nenhum”, declarou.
Policiais da 14ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e da 9ª Cicom estiveram no local, apagaram o fogo e retiraram a barricada feita pela população. O trânsito na área ficou prejudicado.
Ainda segundo os comunitários, o projeto que tem investimentos da Caixa Econômica Federal (CEF) está parado há nove anos, além de rachaduras em algumas casas após o começo das obras. O projeto prevê a construção do Centro de Vigilância Nascentes do Mindu que vai preservar três nascentes do igarapé, além da implantação de parques lineares e uma pista de ciclismo no corredor ecológico, intervenções como dragagens, drenagem e recuperação das margens do Mindu.
Seminf
De acordo com a assessoria de imprensa da Seminf, a engenheira, Miriam Koifman, responsável pela obra, esteve no local e atendeu a reivindicação dos moradores referentes aos transtornos causados pelas máquinas durante o processo de obras. As máquinas foram retiradas e a obra paralisada temporariamente, até que a Defesa Civil do Município realize uma vistoria no local.
Em relação às indenizações, a assessoria informou que a Procuradoria Geral do Município (PGM) fará as avaliações conforme as benfeitorias de cada residência.
#Colaborou o repórter Thiago Monteiro do Manaus Hoje