Professores voltam a protestar em frente a CMM e pedem exoneração de secretária
O grupo de professores pede ainda, a implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aplicação do recursos do Fundeb

Para cobrar transparência e repasse dos recursos do Fundeb, centenas de professores estão reunidos na manhã desta quarta-feira (27), em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM). Este é o terceiro movimento neste sentido.
Uma comissão foi recebida pela presidência da casa, onde apresentaram as reivindicações, que pedem além da exoneração da secretária Municipal de Educação, Katia Helena, a implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aplicação do recurso.
"Viemos hoje, porque acreditamos que é a casa do povo e que terão vereadores estarão simpáticos a nossas reivindicações. Sei que a casa tem uma proximidade com a Prefeitura, mas entendemos que essa é a casa do povo", afirmou o professor Jonas Araújo.
O professor Bibiano comparou a questão com o governo do estado que já pagou os seus professores. "Queremos fazer o apelo dessa casa, que não cheguem para nós dizendo que não irão sentar por ser um movimento político".
O presidente da CMM, Wilker Barreto (PHS), disse que reconhece o movimento dos professores como legitimo e mostrou o posicionamento. "Aqueles que postaram boicote a cidade de Manaus não podem ser chamados professores. Não estou dizendo que são todos, mas aqui eu vejo política e não politicagem. Se existe alguma conduta moral, cabe a caracterização. Não cabe a nós a exoneração. Sobre a prestação de contas, sou favorável a transparência. Para uma CPI precisa de fato concreto. Temos um órgão controlador e vamos aguardar o posicionamento. Se houver elementos, iremos investigar", destacou, acrescentando que o link do Fundeb em tempo real no site da CMM.
Barreto explicou que os R $ 109 milhões em questão não se trata de sobra. "Foi rateio. Isso não estava previsto. Sou contra a política do abono, sou a favor do plano de carreira", disse.
Prefeito exibe slides e fala de conspiração
Um dia antes da terceira manifestação dos professores municipais para cobrar repasses do Fundeb aos programas de valorização dos professores, o prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB) reuniu a imprensa na tarde desta quarta-feira (26) para exibir slides com conversas atribuídas a um grupo de WhatsApp com profissionais da educação, onde eram articulados os próximos protestos e ações. O prefeito os definiu como "conspiradores sem compaixão".
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