Projeto deve permitir a distribuição de 1,8 mi de sementes para arborização de Manaus
Com a produção de mudas, plantio na cidade poderá ser controlado e melhorado a partir das matrizes genéticas

O Projeto Banco de Sementes, financiado pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (FMDMA), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), dos primeiros lotes de sementes selecionadas, coletadas pelo Centro de Sementes Nativas, do Departamento de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), fez a entrega, na manhã desta segunda-feira (6). Elas serão utilizadas para produção de mudas nativas frutíferas e florestais destinadas à arborização urbana de Manaus.
O projeto, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, permitirá que 1,8 milhão de sementes sejam repassadas ao município, num período de nove meses, a partir de março, representando um incremento inédito da qualidade da produção de mudas nativas do município.
As sementes são de espécies variadas e terão as matrizes cadastradas para que se possa saber a origem das mesmas.
De acordo com Dutra, trata-se de um trabalho inovador que permitirá ao município, pela primeira vez, manusear espécies com potencial genético de ponta e de origem conhecida.
“Esse trabalho representa um grande avanço na qualidade da arborização pois permitirá ao município trabalhar com espécies mais resistentes e com variabilidade genética, além de permitir também um aumento na quantidade de mudas produzidas”, explicou.
O incremento permitirá, inclusive, o plantio em grandes áreas degradadas por invasão e margens de igarapés. Os primeiros lotes são de seringa, bacaba, urucum, ipê amarelo, visgueiro, faveira, açaí e castanha-do-brasil, repassados ao Setor de Produção de Mudas do Departamento de Arborização, Paisagismo e Educação Ambiental da Semmas.
O contrato firmado com a universidade prevê a entrega mensal de 200 mil sementes durante o período de nove meses. O secretário Marcelo Dutra explica que essas sementes são atestadas pelo Ministério da Agricultura e serão repassadas ao município conforme a frutificação das espécies.
“Recebemos apenas as sementes de espécies que frutificaram este mês. Além disso, o contrato prevê também que a universidade encaminhe um relatório com informações técnicas sobre as sementes. Com isso, garantimos que as próximas mudas plantadas na cidade serão a partir de um estudo técnico para termos as melhores espécies, espécies originais, amazônicas”, disse.