Taxistas protestam por mais segurança e menos taxas, após homicídios
Protesto acontece no dia em que dois dois taxistas foram assassinados após assaltos. O grupo parte, em carreata, da Cachoeirinha em direção ao Centro da cidade

Mais de 50 taxistas cooperados e "jacarés", que trabalham por contra própria, se concentraram embaixo da ponte Professor Gilberto Mestrinho, na Cacheirinha, na Zona Sul, para protestar contra a falta de segurança e as taxas abusivas cobradas pelo Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) na tarde desta segunda-feira.
Partindo da avenida Maués, o grupo seguiu em direção ao Centro da cidade para chamar a atenção do prefeito Artur Neto (PSDB). Na manhã de hoje (3), dois taxistas morreram após terem sido assaltados em Manaus.
"Nós pagamos valores muitos altos e não temos segurança. Nas blitze, o passageiros também deveriam ser fiscalizados porque a gente não tem como saber a índole do cliente ", explicou o taxista da empresa Vasconcelos dos Santos, 41. De acordo com ele, por ano, cada taxista chega a pagar R$ 3 mil de taxas.
Além da segurança, os taxistas também reivindicam contra o "carteirão", documento que comprava que o profissional está regularizado com a prefeitura. "Esse documento é não serve para nada porque a SMTU quase não realiza fiscalizações", disse Glauber Silva, taxista há 10 anos.
"Carteirão" também é alvo das críticas dos trabalhadores (Foto: Evandro Seixas)
Ao chegarem ao Centro, os taxistas fecharam o trânsito por cerca de 40 minutos, o que teve como reflexo uma lentidão ainda maior do fluxo de veículo no pico das 18h.
*Atualizada às 20h do dia 03 de agosto