Usuários estão isentos temporariamente de pagar pela interligação à rede de esgoto
Apesar dessa cobrança ser prevista na regulamentação vigente, a medida promocional da concessionária é válida até o fim deste ano e atende diretamente aos clientes que já possuem rede coletora na rua onde moram
Os clientes que aderirem ao sistema de esgotamento sanitário operado pela Manaus Ambiental estão temporariamente isentos de pagar pela verificação e obra de interligação das residências à rede de esgoto. Apesar dessa cobrança ser prevista na regulamentação vigente, a medida promocional da concessionária é válida até o fim deste ano e atende diretamente aos clientes que já possuem rede coletora na rua onde moram. A única cobrança se dará pelo serviço de coleta e tratamento, que virá junto com a fatura mensal.
Uma equipe de colaboradores da concessionária está indo aos locais, desde junho, para atualizar dados cadastrais, orientar (porta a porta) os moradores sobre os procedimentos legais, além dos cuidados que devem tomar na hora de fazer o esgotamento sanitário. Qualquer conexão errada pode gerar problemas graves à saúde pública e à preservação ambiental, por exemplo.
A ação começou pelo conjunto Nova Cidade e bairro Cidade Nova, ambos na zona Norte, e está atualmente em bairros da Zona Sul, onde já está instalada a maior parte da rede, no chamado Sistema Integrado Centro/Educandos.
Geralmente, os valores cobrados para o serviço de interligação podem chegar até R$ 1,6 mil, porém apenas os beneficiários do Bolsa Família estão isentos do pagamento, a exemplo do que ocorre com as ligações novas de água para os beneficiários do programa federal.
A ligação de esgoto (correta) é obrigatória em locais onde há redes de esgotamento sanitário para coleta e tratamento disponíveis, e segue normas da Lei Federal 11.445 e do Código de Postura do Município, instituído pela Lei 392/97.
A Manaus Ambiental possui uma extensão de aproximadamente 500 quilômetros de redes coletoras e utiliza encanamentos adequados para captar os dejetos de esgoto. A rede de coleta está disponível para atendimento à quase 35% da população manauara, sendo que cerca de 20% são operados pela concessionária, o equivalente a quase 400 mil habitantes beneficiados com esse importante serviço, que beneficia a saúde das famílias.
Um dos desafios da empresa é promover a conscientização junto aos moradores, da importância de se ligar corretamente às redes coletoras de esgoto e não fazer ligações clandestinas nas redes de ‘drenagem’, cujas estruturas foram criadas para captar a água da chuva e escoar aos igarapés.
“É importante mostrar a ligação correta. Muitos jogam a água servida de suas casas na drenagem, o que configura crime. Por isso, a importância de se regularizar. Nossas equipes estão em campo para ajudar e orientar os clientes a se regularizar”, ressalta Fabiano Santos, colaborador da Manaus Ambiental que participa desse projeto.
Para aqueles que possuem fossas sépticas, a orientação é para que sejam esgotadas e aterradas, após a conexão correta à rede da concessionária e a execução do novo procedimento de regularização.
São Lázaro
Morador há quase 40 anos do bairro São Lázaro, zona Sul, o aposentado João Neto, 63, mostrou-se apreensivo em ter de se adaptar ao novo sistema. Mas, depois de conversar com a equipe da Manaus Ambiental, receber as orientações corretas, não colocou objeção, e até sugeriu que os vizinhos fizessem o mesmo.
“Não sou contra, muito pelo contrário. Mas, não adianta eu fazer, se o cara que mora ao lado for jogar (o esgoto) de qualquer jeito. Tudo o que é em prol do progresso, que venha a melhorar a questão do esgoto em nossa rua, tem importância para todos nós”, destacou.
No entendimento do morador, ao mesmo tempo em que colabora com a ação da empresa, a gratuidade na taxa de adesão facilita a receptividade dos usuários.
“Já é um alívio, principalmente, nesse momento de crise”, avaliou.
Tratamento
As redes coletoras estão associadas a 60 estações de tratamento de esgoto e 51 elevatórias, subdividindo-se em dois sistemas: um que abrange o centro da cidade e partes dos bairros Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia e adjacências, que é chamado de sistema integrado, e outro formado por vários sistemas isolados dispostos ao longo de toda a cidade, como é o caso de vários conjuntos habitacionais, residenciais que possuem o serviço operado pela concessionária.