A obra ‘Cachoeiras de Letras’ apresenta relatos de pessoas que abriram seus acervos particulares à comunidade e transformaram locais antes não utilizados em espaços populares de incentivo à leitura
Com duração de pouco mais de 22 minutos, o filme deu vozes a várias pessoas que compartilharam a sua relação com as bibliotecas, os livros e a paixão pela leitura (Foto: Divulgação)
O ativismo social de bibliotecas comunitárias em lugares carentes de equipamentos culturais foi retratado em um documentário produzido no município de Presidente Figueiredo. Idealizada pela professora Fátima Souza, a obra ‘Cachoeiras de Letras’ apresenta relatos de pessoas que abriram seus acervos particulares à comunidade e transformaram locais antes não utilizados em espaços populares de incentivo à leitura.
Dirigido pelo artista, publicitário e documentarista, Denilson Novo, o filme aborda a importância do conhecimento como um caminho de transformação e desenvolvimento socioeconômico. Segundo a professora Fátima Souza, que coordena o projeto Práticas Leitoras, o documentário surgiu a partir do mapeamento se bibliotecas comunitárias de Presidente Figueiredo e dos projetos culturais desenvolvidos em torno de leituras no município.
“O objetivo do documentário é retratar o ativismo social dos idealizadores das bibliotecas que abriram seu acervo particular à comunidade, funcionando como centros de convivência social, artística e cultural em lugares carentes de equipamentos culturais. Convida toda a sociedade para conhecer a realidade e prestigiar as práticas de leitura em nossa sociedade e contribuir para fortalecê-las em rede”, disse a professora.
O diretor, roteirista e produtor do documentário, Denilson Novo, destacou que a obra teve uma produção de baixo custo, mas de alto valor sentimental. “Conseguimos reunir uma equipe enxuta, talentosa e dedicada a extrair o melhor resultado possível em um curtíssimo espaço de tempo nas etapas da pré-produção e produção em si”, relatou.
“Verdadeiramente nos doamos ao proposito de mergulhar nos sentimentos que embalavam as transformações socioeconômicas e culturais que identificamos a partir dos projetos de leituras e encantadores personagens que encontramos nesse processo”, destacou o diretor do documentário.
Com duração de pouco mais de 22 minutos, o filme deu vozes a várias pessoas que compartilharam a sua relação com as bibliotecas, os livros e a paixão pela leitura. “O convite da professora Fátima foi como um chamado a contribuir com algo que, desde o início, sabíamos ser de grande relevância não apenas para potencializar os resultados dos trabalhos já em andamento nas comunidades do município. Mas, sobretudo, para alimentar a inquietude que nos move a realizar documentários na Amazônia.”, destacou Denilson.
“Digo isso porque todos nós acreditamos muito na força de ações como as que retratamos, que nascem espontaneamente e revelam a dedicação de pessoas que se entregam de corpo e alma para a construção de uma sociedade mais digna, justa e melhor para todos”, disse Denilson sobre os relatos que acompanhou de perto durante a produção do documentário.
Assista abaixo ao documentário: