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Amazonas conquista três medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro de Wrestling

Bryan Lucas Oliveira foi campeão no estilo livre até 57 kg; Sabrina Gama, no estilo livre feminino até 53kg; e Kenedy Pedrosa, na luta greco-romana até 67 kg.

Camila Leonel
online@acritica.com
15/03/2022 às 21:21.
Atualizado em 16/03/2022 às 11:40

Foto: Reprodução

Acostumado a rolar nos tatames em campeonatos pelo mundo, o atleta Diogo Reis viveu uma experiência diferente no último fim de semana, em São José dos Campos, interior de São Paulo. O atleta, que é oriundo do jiu-jitsu, disputou pela primeira vez um Campeonato Brasileiro de Wrestling e terminou na 3ª colocação no estilo greco-romano, na categoria até 67 kg. Já no estilo livre, ele não teve o mesmo bom desempenho, terminando em 7º na categoria até 65 kg.

Sobre o desempenho nos diferentes estilos, Diogo explica que sentiu mais facilidade na luta greco-romana devido ao método de treino, que é adaptado para o jiu-jítsu. Já no livre, além da dinâmica diferente, o nível dos competidores também foi determinante para o resultado.

“Como treinamos o wrestling adaptado para o jiu-jitsu, nossa postura é mais alta e usamos muito a parte superior do nosso para atacar e defender (sobre o estilo greco-romano). Queria ter tido um desempenho melhor no estilo livre, mas tudo bem. Agora vamos melhorar ainda mais para os próximos”, explicou.

Além de Diogo, mais dois atletas oriundos do jiu-jitsu disputaram o Brasileiro no último fim de semana: Mica Galvão, que foi 2º colocado na categoria até 82 kg estilo greco-romano, e 4º no livre na categoria até 86kg; e Fabrício Andrey, 7º no estilo livre até 74kg, e 2º no greco-romano até 72 kg. Os lutadores fazem parte de um projeto que começou a treinar wrestling em 2019, com o objetivo de aperfeiçoar a luta em pé e as quedas visando a disputa do ADCC, maior evento de grappling do mundo, que acontece no mês de setembro, em Las Vegas.

“Começamos a treinar wrestling com o objetivo de melhorar nossa parte em pé, com trocas de quedas e ter mais uma arma em nosso jogo, voltado para o nosso esporte, que é o jiu-jitsu. Além disso, tínhamos o foco de conquistar as vagas na seletiva para lutar o maior evento de grappling do mundo, que é o ADCC”, disse o faixa preta na arte suave.

Deu a lógica

Das medalhas conquistadas pelo Amazonas na competição, três foram douradas: Bryan Lucas Oliveira foi campeão no estilo livre até 57 kg; Sabrina Gama, no estilo livre feminino até 53kg; e Kenedy Pedrosa, na luta greco-romana até 67 kg.

Sabrina é líder do ranking brasileiro e confirmou o favoritismo na categoria. Já Bryan Lucas, que terminou em terceiro no ranking nacional dos 57kg, começou o ano com o pé direito, sendo campeão logo na primeira competição de 2022. Um passo importante para ele, que pretende voltar ao topo de sua categoria.

“A competição foi muito grande, acho que foi o campeonato Brasileiro mais forte que ocorreu. Acredito que a quantidade de atletas inscritos superou todos os anteriores. Com isso a dificuldade também aumentou, pois tinham vários atletas na 57 kg com nível técnico muito grande, mas consegui fazer um ótimo desempenho, ganhando todas as lutas por superioridade técnica, sofrendo apenas dois pontos durante todo o evento”, disse Bryan.

O título, além de pontos para o ranking, também classificou Bryan para o Campeonato Pan-Americano de Wrestling, previsto para acontecer em Acapulco, no México e deixa Bryan mais perto de disputar o Sul-Americano da modalidade.

“Com esse título, eu conquistei a vaga para disputar o Campeonato Pan-Americano, em Acapulco e estou a um passo de entrar para os jogos Sul-Americanos Sênior deste ano, que terá a última seletiva em agosto”, comemorou Bryan que, na final, venceu o paulista Daniel Silva por 12 a 2.

Anderson Alves, presidente da Federação Amazonense de Luta Livre Esportiva (Falle), declarou que atletas que conseguiram ir para a competição foram muito bem, mas lamentou que alguns  nomes do wrestling amazonense como Elivaldo Feitosa, Pollyana Araújo, Laysla Dias, Diana Lira e Helisso Bresson ficaram de fora da disputa, por falta de verba para as passagens.

“Fomos bem, fizemos o melhor com o que tínhamos. Bryan, Sabrina e Kennedy já eram os donos de suas respectivas categorias e conseguiram se manter titulares na seleção principal. Tivemos vários outros atletas que também foram muito bem. Alguns vindos dos jiu-jítsu lutaram de igual pra igual com atletas de nível internacional”, explicou.

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