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Como os eSports vêm crescendo no Amazonas

Jogos de videogame movimentam milhões anualmente com premiações em campeonatos e levam fãs a lotarem arenas para acompanhar as grandes competições e torcer por suas equipes favoritas

Portal A Crítica
12/05/2020 às 22:38.
Atualizado em 22/03/2022 às 16:29

(Estado conta com representantes em diversas modalidades. Foto: Divulgação/Manaus FC)

Já não é segredo pra ninguém que jogos de videogame deixaram de ser mera diversão para se tornarem competições de apelo mundial, com um mercado de enorme potencial para crescimento no mundo todo. Jogos como Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), League of Legends (LoL), Defense of the Ancients (DOTA), Call of Duty, Rainbow Six Siege, Fortnite, Free Fire e Overwatch movimentam milhões anualmente com premiações em campeonatos e levam fãs a lotarem arenas para acompanhar as grandes competições e torcer por suas equipes favoritas.

No amazonas, o “boom” dos chamados eSports também já chegou, e vem colhendo frutos muito positivos. Um dos pontos altos desse movimento foi a criação da Associação de E-Sports do Amazonas (AESAM), cujo objetivo central é promover as atividades econômicas dos do segmento em todo estado, além de defender os interesses das entidades filiadas e auxiliar em causas sociais.

A AESAM vem realizando uma série de pesquisas para enquadrar o perfil do jogador amazonense e já contou com mais de 500 participantes em sua primeira edição, o que mostra o tamanho potencial de público. Além disso, a entidade tem como meta organizar alguns campeonatos para movimentar o cenário gamer no estado.

Um desses torneios é o League of Legends Night Clash 2020, encerrado no final de abril com a participação de 10 equipes (100% online). O primeiro título ficou com a equipe do Manaus FC Esports, um dos mais organizados do estado, que derrotou a equipe OG6 pelo placar de 2 a 0 para ficar com a taça.

Clubes de futebol aderem aos eSports

(Manaus FC ingressou na onda dos eSports nesse ano. Foto: Divulgação/Facebook)

Parte desse crescimento dos eSports no Amazonas está relacionada ao papel desempenhado pelos clubes de futebol da região, que seguem exemplos nacionais de gigantes como Flamengo e Corinthians e também montam seus “esquadrões”. O Manaus FC aderiu o segmento no começo deste ano com a formação do seu núcleo de eSports.

Além de League of Legends, o Gavião do Norte (como o clube é conhecido) tem jogadores de modalidades como Dota 2, CS: GO, Overwatch, Free Fire e Rainbow Six. “O Manaus FC atualmente está dando suporte com o uniforme, divulgação e marketing, além de ajudar com os patrocinadores. A ideia é montar uma "game house" a partir do meio do ano, para que os nossos atletas possam ficar, como um Centro de Treinamento. O retorno financeiro com as premiações dos títulos vai ser muito importante, pois ajuda a gente e também o clube como um todo”, diz Johnatan Cavalcante, diretor do projeto.

Outro clube amazonense que entrou na onda dos eSports foi o Nacional Fast Clube, em parceria com a Player Games. O tricolor conta com equipes de League of Legends Free Fire, e deve expandir as modalidades ainda neste ano.

“O objetivo principal é entrar no mundo dos Esportes Digitais de forma competitiva e que venha a alcançar conquistas de títulos e captação de novos torcedores para o Fast Clube. A projeção é de disputa de campeonatos nacionais e até mesmo internacionais, visto que essas modalidades possibilitam esse tipo de competição, ampliando dessa forma a valorização da marca do clube além do cenário amazonense”, diz John Cruz, dirigente do Fast.

Assim como Fast e Manaus, o Rio Negro também desembarcou nos eSports neste ano. O clube centenário realizou uma seletiva para a sua equipe de Free Fire entre dezembro do ano passado e janeiro desse ano, e atraiu dezenas de jogadores.

Pelo Brasil

(Campeonatos reúnem multidões por todo o país. Foto: Divulgação)

Embora no Amazonas e na região Norte o segmento ainda comece a colher os frutos de todo o investimento, em outros estados já é uma realidade. De uma forma geral, os eSports ganharam muita popularidade no Brasil nos últimos anos, formando inclusive campeões mundiais.

O caso mais emblemático é o da equipe MiBR, uma das mais icônicas de Counter-Strike no Brasil, que colocou o país no topo mundial do jogo de tiro. O time projetou nomes como Marcelo “coldzera” David, Gabriel “FalleN” Toledo”, Fernando “fer” Alvarenga e Epitácio “TACO” de Melo, conquistando títulos internacionais.

Mais do que projetar grandes jogadores, o Brasil é um dos países com o maior número de fãs de eSports. De acordo com o site da revista Istoé Dinheir, são 21,2 milhões de espectadores de jogos no país, a terceira maior audiência do planeta (atrás de Estados Unidos e China). O número justifica o investimento de canais como SporTV e ESPN em conteúdo voltado para o público de eSports em suas programações.

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