Bacurau perdeu 4 pontos por escalação irregular, mas segue na competição e enfrenta o Sete
CDC Manicoré vai enfrentar o Sete na final do Campeonato Amazonense - Série B (Foto: Daniel Brandão)
O CDC Manicoré segue na final do Campeonato Amazonense - Série B. Em julgamento realizado no prédio da Federação Amazonense de Futebol (FAF), a 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Amazonas (TJDF-AM) condenou o Bacurau por escalação irregular, mas a punição não foi suficiente para causar a eliminação, como dito anteriormente em A Crítica.
Isto porque tanto o CDC como o Clipper foram punidos por infringir o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): “Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”.
Ambos cometeram a irregularidade na primeira rodada e, com isso, perderam pontos na primeira fase. Entretanto, o CDC se manteve na segunda colocação do grupo A, com 1 ponto e -5 de saldo, e o Clipper permaneceu em terceiro, com 1 ponto e -6 de saldo. Sendo assim, o resultado que o clube de Manicoré obteve na semifinal, quando eliminou o Fast Clube nos pênaltis, segue valendo, credenciando o Bacurau a disputar a final contra o Sete FC.
Uma outra denúncia de irregularidade chegou a ser apresentada contra o CDC, no mesmo artigo, envolvendo o atleta Patrick. Na partida de semifinal contra o Fast, o jogador esteve em campo minutos antes da bola rolar, sendo alertado pelo delegado da partida que não poderia estar ali e, no mesmo momento, subiu para as arquibancadas e assistiu a classificação de seus companheiros de equipe no estádio Carlos Zamith.
Julgamento foi realizado pela 1ª Comissão Disciplinar TJDF-AM (Foto: Daniel Brandão)
Responsável pela defesa do CDC, o advogado Marcelo Amil argumentou que, em nenhum momento, Patrick tentou se passar por atleta ou membro de comissão técnica do CDC, pois o mesmo estava em campo com um colete de treino e saiu logo após o alerta do delegado.
No entanto, Amil explicou que Patrick realmente não poderia estar no estádio, mas não por tentativa de escalação irregular, como diz o artigo 214. O pedido foi aceito e, por maioria de votos, o jogador foi punido no artigo 223: “Deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva”. Com isso, a punição foi apenas financeira, no valor de R$ 3 mil reais aplicada ao CDC Manicoré.
Com o resultado, a final anteriormente marcada entre Sete FC e CDC Manicoré ocorre normalmente, em data, local e horário a ser oficializado pela Federação Amazonense de Futebol (FAF).